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AtualizadoQua, 24 Abr 2024 8pm

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Diferenciação escamosa indica mau prognóstico no carcinoma de endométrio de risco baixo e intermediário

diocesio 2019 okEstudo liderado pelo oncologista Diocésio Alves Pinto de Andrade (foto), Diretor Técnico do Instituto Oncológico de Ribeirão Preto – Grupo Oncoclínicas (InORP) e Diretor Financeiro do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG) investigou quais fatores clínico-patológicos podem influenciar nas taxas de recorrência de pacientes com carcinoma de endométrio do tipo endometrioide de risco baixo e intermediário. Os resultados foram publicados no periódico PLOS ONE.

 

O câncer de endométrio apresenta fatores de risco bem definidos: invasão miometrial, subtipo histológico, grau do tumor e invasão do espaço linfovascular (LVSI). Parte desta população de risco baixo e intermediário apresenta resultados inesperados de recidiva, e foram avaliadas neste estudo.

Os pesquisadores realizaram um estudo de caso-controle de uma coorte retrospectiva de 196 pacientes diagnosticados com carcinoma de endométrio do tipo endometrioide de risco baixo e intermediário em uma única instituição entre 2009 a 2014. Os prontuários médicos foram revisados ​​para comparar características clínicas (raça, tabagismo, idade da menopausa, índice de massa corporal) e patológicas (endometrioide versus endometrioide com diferenciação escamosa, grau de diferenciação tumoral, localização do tumor, invasão endocervical, LVSI) das pacientes com recorrência (caso) e sem recorrência (controle. Três controles para cada caso foram pareados por idade e estadiamento.

Resultados

Entre os participantes, 21 pacientes apresentaram recidiva (10,7%), dos quais 14 eram estádio IA e 7 eram estádio IB. Sessenta e três (63) pacientes sem recidiva foram selecionados como controle. Não houve diferenças significativas em nenhuma característica clínica entre casos e controles. Entre as variáveis ​​patológicas, presença de diferenciação escamosa (28,6% vs. 4,8%, p = 0,007), grau de diferenciação tumoral (57,1% vs. 30,2%, p = 0,037) e presença de invasão endocervical (28,6% vs. 12,7 %, p = 0,103) foram associados à recorrência da doença em uma análise univariada. Na análise multivariada, apenas a diferenciação escamosa foi um fator de risco significativo para recorrência (p = 0,031).

“Os dados sugerem que a diferenciação escamosa pode ser um fator prognóstico adverso em pacientes com carcinoma de endométrio do tipo endometrioide de risco baixo e intermediário, tendo um risco 5,6 vezes maior de recorrência”, concluíram os autores.

“Nos últimos cinco anos o câncer de endométrio tem passado por profundas transformações em sua classificação molecular. Porém, esta nova classificação molecular ainda não é algo da prática diária visto os custos da sua realização. Com isso, este estudo pode ser um gerador de hipótese. Outras variáveis patológicas ou de imunohistoquímica que são mais factíveis de serem realizadas podem ajudar o oncologista na estratificação de risco deste tumor”, acrescenta Diocésio.

Referência: Andrade DAPd, da Silva VD, Matsushita GdM, de Lima MA, Vieira MdA, Andrade CEMC, et al. (2019) Squamous differentiation portends poor prognosis in low and intermediate-risk endometrioid endometrial cancer. PLoS ONE 14(10): e0220086. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0220086


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