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AtualizadoTer, 16 Abr 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Embolização transarterial hepática em pacientes com tumores neuroendócrinos

rachel jose eduardo poster bxEstudo brasileiro buscou avaliar a segurança e eficácia da embolização transarterial hepática eletiva (TAE) ou quimioembolização transarterial (TACE) em pacientes com metástases hepáticas de tumores neuroendócrinos irressecáveis. Os resultados foram apresentados na sessão de pôster do ENETS 2019, em Barcelona, pelo oncologista José Eduardo Nunez (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, e fellow de TNE do Programa de parceria A.C. Camargo e SBOC. O trabalho foi coordenado pela oncologista Rachel Riechelmann.

As metástases hepáticas (mets) de tumores neuroendócrinos (TNEs) são difusas e irressecáveis na maioria dos casos. Nesses pacientes, embolização transarterial hepática eletiva (TAE) ou quimioembolização transarterial (TACE) pode induzir à resposta objetiva e controle de sintomas, particularmente em pacientes com TNEs funcionais.

Este estudo multicêntrico retrospectivo incluiu pacientes com metástases de tumores neuroendócrinos. Os endpoints foram sobrevida livre de progressão hepática (HPFS), sobrevida global (SG), resposta tumoral e avaliação de toxicidade.

Resultados

Foram incluídos 36 pacientes. Os tumores primários foram midgut (20 pts), pâncreas (7 pts), outros (9 pts). A maioria dos pacientes apresentou tumores graus 1-2 (93,3%). Em pacientes com tumores neuroendócrinos funcionais, o controle sintomático clinicamente significativo foi de 41,7%. Em relação ao tipo de embolização (TAE vs TACE), a redução de > 50% do 5HIAA foi de 45,5% vs 50%, respectivamente; a taxa de controle radiológico da doença foi de 91,3% vs 92,3%, respectivamente.

Em um acompanhamento médio de 40,8 meses, a mediana de HPFS foi de 38,9 meses, e a média de sobrevida global foi de 98 meses (mediana não atingida). Nenhuma diferença significativa foi encontrada na sobrevida livre de progressão hepática ou sobrevida global por tipo de procedimento de embolização. Tumor pancreático primário foi associado com HPFS significativamente menor (p <0,001) e uma tendência de menor SG (p = 0,07). O tumor G3 foi associado com menor HPFS (p = 0,02) e menor SG (p = 0,01). Os eventos adversos de qualquer grau foram dor abdominal (13,8%), febre (5,5%) e 2 pacientes desenvolveram biloma.

“Nosso estudo é o primeiro em nossa região a relatar os resultados de TAE/TACE em pacientes com metástases hepáticas irressecáveis de tumores neuroendócrinos. Observamos que pacientes com TNE de pâncreas ou tumores neuroendócrinos grau 3 obtém menor benefício desses procedimentos. Em pacientes com tumores neuroendócrinos graus 1/2, ambas as técnicas oferecem resultados semelhantes”, concluíram os autores.

Referência: Prognostic Factors Associated with the Efficacy of Hepatic Artery Embolization in Patients with Neuroendocrine tumors (Surgical treatment and Ablative Therapies) - Nunez J E, Barros M, Uema D, Zurstrassen C, Lopez R, Riechelmann R;


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