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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Checkmate-227: nivolumabe mais ipilimumabe no câncer de pulmão com alta carga mutacional

Pulm o Horiz NET OKEm comparação com a quimioterapia padrão, o tratamento combinado de nivolumabe e ipilimumabe em primeira linha melhorou a sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células avançado com alta carga mutacional no tumor (TMB > 10 mutações/Mb). Os resultados do estudo de fase III CheckMate -227 foram apresentados no AACR Annual Meeting 2018 e publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine.

“Os resultados mostram que em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células com elevado TMB, a combinação de nivolumabe e ipilimumabe proporciona benefícios em comparação com a quimioterapia, aumenta o benefício comparado com a monoterapia anti-PD-1, produz respostas duradouras, poupa o uso de quimioterapia no cenário de primeira linha e poderia preservar uma opção eficaz na segunda linha de tratamento, se necessário”, afirmou Matthew Hellmann, oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center. “O trabalho também identifica o TMB como um biomarcador importante e confiável que deve ser testado em pacientes com CPNPC recentemente diagnosticado”, acrescentou.

Sobre o estudo

O CheckMate -227 é um estudo de fase III, aberto, randomizado, que comparou nivolumabe em monoterapia, nivolumabe mais ipilimumabe ou nivolumabe mais quimioterapia doublet de platina (PT-DC) versus PT-DC em pacientes com CPNPC estádio IV ou recorrente que não receberam tratamento prévio.

No Congresso da AACR foram relatados os dados da comparação entre a combinação de nivo e ipi versus quimioterapia à base de platina. O primeiro endpoint apresentado examinou a sobrevida livre de progressão entre os pacientes com alta TMB, um biomarcador emergente que é independente da expressão de PD-L1 e caracteriza cerca de 45% dos pacientes com CPNPC.

Os pacientes com um nível de expressão de PD-L1 de pelo menos 1% foram aleatoriamente randomizados (1: 1: 1) para receber nivolumabe mais ipilimumabe, nivolumabe em monoterapia, ou quimioterapia; aqueles com um nível de expressão de tumor PD-L1 inferior a 1% foram aleatoriamente randomizados (1: 1: 1) para receber nivolumab mais ipilimumab, nivolumab mais quimioterapia ou quimioterapia. A carga mutacional do tumor foi determinada pelo teste FoundationOne CDx.

Entre 299 pacientes com alta TMB, 139 receberam nivolumabe + ipilimumabe e 160 receberam quimioterapia.

Sobrevida livre de progressão entre pacientes com alto TMB foi significativamente maior com nivolumabe associado a ipilimumabe em comparação com a quimioterapia. A taxa de sobrevida livre de progressão em 1 ano foi de 42,6% com nivolumabe mais ipilimumabe versus 13,2% com quimioterapia, e a mediana de sobrevida livre de progressão foi de 7,2 meses (IC 95%, 5,5 a 13,2) versus 5,5 meses (95% IC, 4,4 a 5,8) (hazard ratio para progressão da doença ou morte, 0,58; IC 97,5%, 0,41 a 0,81; P <0,001).

A taxa de resposta objetiva foi de 45,3% com nivolumabe associado a ipilimumabe e 26,9% com quimioterapia. O benefício de nivolumabe mais ipilimumabe em relação à quimioterapia foi amplamente consistente dentro dos subgrupos, incluindo pacientes com um nível de expressão de PD-L1 de pelo menos 1% e aqueles com um nível de menos de 1%. A taxa de eventos adversos relacionados ao tratamento de graus 3 ou 4 foi de 31,2% com a combinação de imunoterapia e 36,1% com quimioterapia.

Os dados de sobrevida global ainda não estão maduros e devem acrescentar mais informações sobre o benefício clínico da combinação de imunoterapia como opção de primeira linha para pacientes com CPNPC com alto TMB.

O estudo foi financiado pela Bristol-Myers Squibb e Ono Pharmaceutical; ClinicalTrials.gov NCT02477826.

Referência:  Nivolumab plus Ipilimumab in Lung Cancer with a High Tumor Mutational Burden - Matthew D. Hellmann, M.D., Tudor-Eliade Ciuleanu, M.D., Adam Pluzanski, M.D., Jong Seok Lee, M.D., Gregory A. Otterson, M.D., Clarisse Audigier-Valette, M.D., Elisa Minenza, M.D., Helena Linardou, M.D., Sjaak Burgers, M.D., Pamela Salman, M.D., Hossein Borghaei, D.O., Suresh S. Ramalingam, M.D., et al. - April 16, 2018 - DOI: 10.1056/NEJMoa1801946


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