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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Biomarcadores são promessa no mesotelioma

Vladmir NET OKBiomarcadores podem ajudar a selecionar pacientes com mesotelioma pleural maligno (MPM) com potencial de responder ao tratamento com nintedanibe e melhorar os resultados de sobrevida livre de progressão e sobrevida global. É o que sugere uma análise exploratória do estudo randomizado de fase II-III LUME-Meso apresentada no 8ª European Lung Cancer Congress (ELCC), em Genebra. O o oncologista Vladmir Cordeiro de Lima (foto), do AC Camargo Cancer Center, comenta os resultados. 

Os resultados da análise de biomarcadores foram apresentados por Nick Pavlakis, do Northern Cancer Institute, em St Leonards, Austrália, e sugerem que pacientes de MPM com níveis basais mais baixos de endogleína e polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) no gene VEGFR3 tiveram tendência a melhor sobrevida.

Os dados apresentados na ELCC 2018 consideraram níveis plasmáticos basais de 58 fatores angiogênicos avaliados por um imunoensaio multiplex (Human Angiogenesis MAP®, Myriad RBM). Os pesquisadores também avaliaram SNPs em genes implicados no mecanismo de ação do nintedanibe ou na fisiopatologia do mesotelioma (VEGFR1, VEGFR3 e mesotelina). A associação destes marcadores com sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) após o tratamento com nintedanibe foi avaliada por meio do método de regressão de Cox e testes de interação (FDR, Failures and Divergences Refinament).

“Nenhum marcador mostrou uma associação clara com benefício do tratamento com nintedanibe, muito provavelmente em decorrência do tamanho limitado da amostra”, explica o oncologista Vladmir Cordeiro de Lima, do AC Camargo Cancer Center. “O estudo observou uma potencial associação de níveis mais baixos de endogleína com melhor SLP e SG e uma tendência de melhor SG associada aos genótipos homozigotos de VEGFR3, rs307821 G/G e rs307826 A/A”, diz ele.

O oncologista lembra que a fase II do estudo LUME-Meso (Grosso et al. J Clin Oncol. 2017) avaliou o papel da adição de nintedanibe, um inibidor de múltiplas enzimas envolvidas com angiogênese (VEGFR1-3, FGFR1-3, PDGFRA-B), à combinação de cisplatina e pemetrexede no tratamento de pacientes portadores de mesotelioma pleural não-sarcomatoide e mostrou uma redução do risco relativo de progressão de 46% (HR 0,54, p=0,01) a favor da combinação contendo nintedanibe. A fase III do estudo encontra-se em andamento.

“A análise de biomarcadores apresentada por Pavlakis, se validada, poderá auxiliar a definir que pacientes de fato se beneficiariam da estratégia, reduzindo o risco de exposição a um tratamento fútil e potencialmente mais tóxico e aumentando a probabilidade de sucesso com o tratamento. Entretanto, os resultados atuais, apesar de animadores, devem ser encarados ainda como preliminares”, conclui Vladmir.

A 8ª edição da ELCC foi realizada de 11 a 14 de abril, em Genebra, com a chancela da ESMO e da IASLC.

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