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AtualizadoTer, 23 Abr 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

Rastreamento do câncer do colo do útero em mulheres acima de 65 anos

Idosa Cervical OKUma em cada cinco mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero nos Estados Unidos tem mais de 65 anos de idade, o que sugere que a idade recomendada para interromper o rastreamento da doença deve ser reconsiderada. Os dados são de estudo apresentado na Society of Gynecologic Oncology’s 2018 Annual Meeting on Women’s Cancer.

 

Atualmente, a American Cancer Society, American Society for Clinical Pathology e American Society of Colposcopy and Cervical Pathology recomendam que o rastreamento do câncer do colo do útero seja interrompido a partir dos 65 anos de idade, desde que as mulheres tenham uma triagem adequada e estejam em baixo risco. As diretrizes atuais não contemplam a estratificação de risco da doença em mulheres com mais de 65 anos.

O objetivo do estou apresentado no SGO 2018 por Sarah Dilley, fellow em oncologia ginecológica na Universidade do Alabama, em Birmingham, foi quantificar as diferenças relacionadas à raça e à idade na incidência do câncer do colo do útero. A pesquisadora utilizou bancos de dados nacionais e examinou os benefícios potenciais do rastreamento do câncer do colo do útero na população de pacientes com mais de 65 anos de idade.

Métodos e resultados

O banco de dados do programa Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER-18) e do National Cancer DataBase (NCDB) foram consultados para determinar a incidência de câncer do colo do útero.

De acordo com os dados do SEER-18, as taxas globais de casos de câncer de colo do útero diminuíram com o tempo para pacientes de 20 a 49 anos (-0,85; P <0,001) e para aqueles com 75 anos ou mais (-0,68; P <0,001). No banco de dados do SEER-18, 19,7% dos casos de câncer do colo do útero foram diagnosticados em mulheres com 65 anos ou mais de 2000 a 2014, proporção que não se alterou significativamente ao longo do tempo.

Quando estratificada por raça, as mulheres negras não hispânicas eram mais propensas do que outros grupos raciais/étnicos a serem diagnosticadas após os 65 anos de idade (22,9%, P <0,001) em comparação com 20,5% das mulheres brancas não hispânicas. No NCDB, 18,9% dos casos de câncer cervical diagnosticados entre 2004 a 2014 foram em mulheres com mais de 65 anos. Quando examinados por decil etário, apenas 5,1% dos casos foram diagnosticados entre 20 e 29 anos, enquanto 8% foram diagnosticados dos 70 aos 79 anos.

"Nossos dados sugerem que uma proporção considerável de mulheres é diagnosticada com câncer de colo do útero depois dos 65 anos, o que sugere que as pacientes estão interrompendo o exame muito cedo ou não estão sendo examinados", afirmou Dilley. "As sociedades profissionais devem considerar a extensão dos requisitos de idade para o rastreamento afim de melhorar os resultados para esta população de mulheres com idade mais avançada", conclui.

Referência:  Rethinking cervical cancer screening guidelines in an aging U.S. population - S.E. Dilley, J.A. O'Donnell, H.J. Smith, S. Bae and W. Huh.


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