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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

Abordagem tumoral agnóstica, um novo paradigma

Buzaid Portal NET OKFusões que envolvem uma das três quinases receptoras de tropomiosina (TRK) estão presentes em mais de 20 tipos de câncer, em adultos e crianças. Artigo de Drilon et al publicado no NEJM mostra os resultados da análise conjunta de três estudos prospectivos com larotrectinib, agente que inibe a fusão TRK e alcançou 75% de resposta global na avaliação de comitê independente, com 71% de respostas em andamento após 1 ano. “É uma mudança de paradigma. A primeira aprovação do FDA neste sentido foi com pembrolizumabe em pacientes com  instabilidade de microssatélites (MSI). Acredito que o FDA deve aprovar esta nova droga da mesma forma em futuro próximo”, afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), Diretor Médico Geral do Centro Oncológico da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Foram elegíveis pacientes com fusão TRK detectada por perfis moleculares, inscritos em um dos três protocolos: um estudo de fase 1 com adultos, um estudo de fase 1-2 envolvendo crianças e, finalmente, um estudo de fase 2 com adolescentes e adultos. O endpoint primário para a análise combinada foi a taxa de resposta global de acordo com revisão independente. Endpoints secundários incluíram duração da resposta, sobrevida livre de progressão e a segurança.

Resultados

Um total de 55 pacientes, com idade entre 4 meses e 76 anos, foram inscritos e tratados com larotrectinib. A amostra avaliada compreendeu 17 tipos de tumores com fusão TRK. A taxa de resposta global foi de 75% (intervalo de confiança de 95% [IC], 61 a 85) de acordo com a revisão independente e de 80% (IC 95%, 67 a 90) de acordo com a avaliação do investigador. Após 1 ano, 71% das respostas estavam em andamento e 55% dos pacientes permaneciam livres de progressão. A duração mediana da resposta e a sobrevida livre de progressão não foram atingidas.

Após uma mediana de seguimento de 9,4 meses, 86% dos pacientes com resposta (38 dos 44 pacientes) continuaram o tratamento ou foram submetidos à cirurgia destinada a ser curativa. A análise também demonstrou perfil de segurança bastante favorável, com eventos adversos predominantemente de grau 1. Nenhum evento adverso de grau 3 ou 4 relacionado ao tratamento ocorreu em mais de 5% dos pacientes. Eventos adversos de qualquer grau incluíram aumento da alanina aminotransferase (ALT) ou aspartato aminotransferase (AST) (38%), tonturas (25%), fadiga (16%), náusea (16%) e constipação (16%).

Em conclusão, os dados demonstraram potente atividade antitumoral de larotrectinib, com respostas duráveis em pacientes com câncer positivo à fusão TRK, independentemente da idade ou tipo de tumor. Diante dessas características, é reconhecida como a primeira terapia-alvo oral de abordagem tumoral agnóstica, que institui um novo paradigma no tratamento do câncer.

O estudo foi financiado pela Loxo Oncology e outros patrocinadores (ClinicalTrials.gov, NCT02122913, NCT02637687 e NCT02576431).

Referências: Alexander Drilon et al. Efficacy of Larotrectinib in TRK Fusion–Positive Cancers in Adults and Children. N Engl J Med 2018; 378:731-739.DOI: 10.1056/NEJMoa1714448


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