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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Tratamento de indução no câncer colorretal

Rachel 3 NET OKO tratamento de indução com cetuximab associado a um cronograma modificado de FOLFOXIRI por 4 meses, seguido de manutenção com cetuximab ou bevacizumab é uma estratégia viável para pacientes com câncer colorretal metastático RAS e BRAF do tipo selvagem? Estudo de Cremolini C et al publicado no JAMA Oncology sugere que sim, mostrando que o esquema de indução alcançou taxa de resposta de 71,6% nessa população de pacientes, mas a toxicidade preocupa. A oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Pesquisa do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e Diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center, comenta os achados.

Na última década, diferentes estudos de fase 2 investigaram a combinação de regimes de quimioterapia tripla com um anticorpo monoclonal de receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR) (ex. cetuximab ou panitumumab), alcançando resultados promissores às custas de um substancial aumento dos eventos adversos. A maioria desses estudos incluiu pacientes com doença metastática, independentemente do status mutacional, ou avaliou apenas as mutações do exon 2 de KRAS (OMIM 190070).

Agora, este estudo clínico inscreveu 143 pacientes com câncer colorretal metastático, dos quais 116 (81,1%) do tipo selvagem (RAS e BRAF), randomizados para receber um regime de mFOLFOXIRI mais cetuximab seguido de cetuximab (braço A,n = 74) ou bevacizumab (braço B,n = 69), até progressão da doença.

Os resultados mostram que nenhum dos dois braços tratados atingiu o endpoint primário de sobrevida livre de progressão em 10 meses. No entanto, o esquema de indução com FOLFOXIRI modificado mais cetuximab levou a uma taxa de resposta de 71,6% nessa população de pacientes, ainda que às custas de toxicidade elevada.

Para os autores, os resultados mostram que o regime modificado de FOLFOXIRI + cetuximab merece mais estudos como tratamento de primeira linha para pacientes com câncer colorretal metastático RAS e BRAF de tipo selvagem (Clinicaltrials.gov: NCT02295930)

“A adição de anticorpo anti-EGFR a FOLFOX ou FOLFIRI para pacientes com câncer colorretal avançado e RAS/BRAF selvagem oferece ganho de sobrevida e maior probabilidade de taxas de resposta em primeira linha. Com o backbone de quimioterapia triplet (FOLFOXIRI), estudos de fase II não controlados, bem como o fase II randomizado do grupo italiano, mostram taxas de resposta muito elevadas, vistas muitas vezes em tratamento de tumores hematológicos. No entanto, essa abordagem continua sendo paliativa na maioria dos casos e oferece toxicidade significativa”, explica a oncologista Rachel Riechelmann.

“Portanto, ainda que esta seja uma estratégia interessante para pacientes com muito volume de doença, sintomáticos e com potencial de resgate cirúrgico, estes devem ter comorbidades mínimas (ou nenhuma comorbidade), boas funções orgânicas, preferencialmente abaixo e 70 anos e ECOG 0 ou 1. Além disso, o uso de antiEGFR em primeira linha deve ser reservado para pacientes com tumores do lado esquerdo”, conclui a especialista.

Referência:  Cremolini C et al. Activity and Safety of Cetuximab Plus Modified FOLFOXIRI Followed by Maintenance With Cetuximab or Bevacizumab for RAS and BRAF Wild-type Metastatic Colorectal Cancer: A Randomized Phase 2 Clinical Trial. JAMA Oncol. Published online February 15, 2018. doi:10.1001/jamaoncol.2017.5314


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