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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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FLAURA: resultados no câncer de pulmão avançado

CLARISSA MATHIAS 2017 OKO inibidor de EGFR de terceira geração osimertinibe (Tagrisso®) mostrou resultados em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células com mutação EGFR, virgens de tratamento. Os resultados são do estudo FLAURA, publicado em novembro no New England Journal of Medicine1, e mostram a superioridade do novo agente como tratamento de primeira linha nessa população de pacientes. A oncologista Clarissa Mathias (foto), médica do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), do Grupo Oncoclínicas, e atual presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), comenta o estudo.

 

FLAURA é um estudo randomizado de fase III que avaliou 556 pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado com EGFR mutado (exon 19 ou L858R). Os pacientes foram randomizados 1: 1 para receber osimertinibe (80 mg/dia) ou o anti-EGFR padrão (gefitinibe, 250 mg/dia ou erlotinibe, 150 mg/dia). O endpoint primário foi a sobrevida livre de progressão avaliada pelo pesquisador.

Resultados

A mediana da sobrevida livre de progressão foi significativamente superior com osimertinibe comparado ao anti-EGFR padrão (18,9 meses vs. 10,2 meses, razão de risco para progressão da doença ou morte, 0,46; intervalo de confiança de 95% [CI], 0,37 a 0,57; P <0,001). A taxa de resposta objetiva foi semelhante nos dois grupos: 80% com osimertinibe e 76% com o anti-EGFR padrão (odds ratio, 1,27; IC 95%, 0,85 a 1,90; P = 0,24). A duração mediana de resposta foi de 17,2 meses (IC 95%, 13,8 a 22,0) com osimertinibe versus 8,5 meses (IC 95%, 7,3 a 9,8) com o inibidor de EGFR padrão. Os dados de sobrevida global não estavam maduros nessa análise.

Aos 18 meses, a taxa de sobrevida foi de 83% (IC 95%, 78 a 87) com osimertinibe e de 71% (IC 95%, 65 a 76) com o anti -EGFR padrão (hazard ratio, 0,63; IC 95%, 0,45 para 0,88; P = 0,007 [não significativo na análise interina]).

Em relação ao perfil de segurança, os eventos adversos de grau 3 ou superior foram menos frequentes com osimertinibe do que com o anti-EGFR padrão (34% vs. 45%).

A conclusão do estudo indica que osimertinibe mostrou eficácia superior ao padrão de tratamento como primeira linha no CPNPC avançado com mutação EGFR, com perfil de segurança semelhante e menores taxas de eventos adversos graves.

“Osimertinibe é uma nova opção no tratamento de primeira linha em pacientes portadores de mutação no EGFR, com excelente tolerabilidade e aumento significativo na sobrevida livre de progressão, objetivo primário do estudo FLAURA. Os dados de sobrevida global ainda estão imaturos porque apenas 25% dos eventos aconteceram nesta população”, diz Clarissa Mathias (foto), oncologista do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), do Grupo Oncoclínicas, e atual presidente do GBOT, o Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica.

“Até o presente momento, a medicação não foi aprovada pelas agências regulatórias para utilização em primeira linha, os processos encontram-se em andamento”, esclarece a especialista, que atualmente também é diretora da América Latina da Association for Study on Lung Cancer (IASLC).  

O estudo FLAURA foi financiado pela AstraZeneca e está registrado na ClinicalTrials.gov, sob número NCT02296125.

Referência: Osimertinib in treatment-naïve EGFR mutation-positive advanced NSCLC (FLAURA) - S Ramalingam et al, The New England Journal of Medicine (NEJM), 10.1056/NEJMoa1713137 

Leia mais: FLAURA mostra dados na população asiática


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