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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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Estudo brasileiro discute biomarcadores no câncer de cabeça e pescoço

Lidia HCB NET OKPesquisadores do Hospital de Câncer de Barretos publicaram estudo de revisão que avaliou a viabilidade de usar fluidos corporais (soro, plasma e saliva) como biomarcadores para diagnóstico, prognóstico e vigilância do câncer de cabeça e pescoço. A primeira autora, Lidia Maria Rebolho Batista Arantes (foto), pós doutoranda em Oncologia Molecular no Hospital de Câncer de Barretos, comenta o trabalho.

 

O carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço engloba tumores de diferentes localizações (cavidade oral e nasal, seios paranasais, glândulas salivares, faringe e laringe) e já representa o sexto câncer mais comum no mundo. No entanto, o diagnóstico tardio compromete as taxas de sobrevida global, que se mantêm tímidas mesmo com os avanços terapêuticos incorporados na última década.

Em substituição às biopsias invasivas ou punções aspirativas, os autores mostram evidências de que fluidos corporais permitem uma avaliação qualitativa e quantitativa de marcadores únicos, como análises de metilação do DNA, mRNA, micro RNA e proteínas. “Uma pequena quantidade de material pode produzir resultados em relação ao perfil de expressão ou metilação desses marcadores de forma rápida, sensível e reprodutível”, diz o estudo de revisão. “Estamos convictos de que em um futuro próximo os fluidos corporais serão adotados na prática clínica para diagnóstico, prognóstico e seguimento de tumores de cabeça e pescoço”, sustentam os autores.

No entanto, diante da alta heterogeneidade desses tumores em relação à localização, ao comportamento biológico e à própria etiologia (tabaco versus

infecções virais), os autores recomendam mais validação em coortes diferentes e maiores para verificar de forma abrangente a eficácia e viabilidade de testar marcadores moleculares em fluidos corporais no câncer de cabeça e pescoço.

Até agora, os marcadores mais promissores são: SAT e IL8 (mRNA); miR-9 e miR-21 (miRNA); DAPK, p16, MGMT e TIMP3 (metilação); CD44 (proteína).

“Este estudo mostra de maneira clara e objetiva a possibilidade de detecção, monitoramento e decisão terapêutica a partir de métodos não invasivos, que são desconfortáveis para o paciente e caros ao sistema de saúde. O fato das alterações moleculares precederem os sintomas clínicos, tornam os testes em fluidos corpóreos excelente opção para a detecção precoce e o aumento da efetividade do tratamento destes pacientes”, diz a primeira autora, Lidia Maria Rebolho Batista Arantes, pós doutoranda em Oncologia Molecular no Hospital de Câncer de Barretos.

A cada ano são diagnosticados 900 mil novos casos de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço, com 300 mil mortes. O consumo de álcool e tabaco permanece entre os principais fatores de risco e as infecções pelo vírus do papiloma humano (HPV) crescem como agente etiológico. 

Referência:
Serum, plasma and saliva biomarkers for head and neck cancer. - Expert Rev Mol Diagn. 2017 Nov 14. doi: 10.1080/14737159.2017.1404906. [Epub ahead of print] - Arantes LMRB, de Carvalho AC, Melendez ME, Lopes Carvalho A. - DOI:10.1080/14737159.2017.1404906

 


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