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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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Daichii Sankyo

 

Lung Force mostra desafios para o rastreio do câncer de pulmão

RIAD NET OKA tomografia computadorizada de baixa dose é subutilizada entre a população de alto risco nos Estados Unidos e apenas 15% sabem que o exame é recomendado e coberto pela maioria dos planos de saúde no país. Os dados são da American Lung Association e mostram que menos de 5% dos estimados 9 milhões de americanos considerados de alto risco foram examinados. “Infelizmente, se nos EUA menos de 5% das pessoas de alto risco são efetivamente examinados, estima-se que no Brasil esta porcentagem seja certamente muito inferior”, afirma o cirurgião Riad Younes (foto), Diretor Geral do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 

“A recomendação corrente de uma tomografia computadorizada de baixa dose de radiação por ano em pessoas assintomáticas, com risco elevado de câncer de pulmão, pode salvar vidas. Estudos científicos já confirmaram este benefício desde 2009. Apesar destes resultados e das recomendações de sociedades de especialidade, ainda a maioria dos indivíduos claramente candidatos ao programa de rastreamento e detecção precoce de câncer de pulmão não é submetida ao exame rotineiro”, observa Riad.

A pesquisa incluiu 1400 pessoas, homens e mulheres fumantes atuais e ex-fumantes, com o objetivo de avaliar o grau de informação da população americana sobre os riscos de câncer de pulmão e o benefício do rastreamento na população de alto risco. A iniciativa faz parte das ações de conscientização do Lung Health Barometer, agora em sua quarta edição.

Os dados da pesquisa revelaram que 84% dos americanos de alto risco não estão familiarizados com o único método recomendado de screening de câncer de pulmão disponível - a tomografia computadorizada de baixa dose. 41% dos fumantes atuais e antigos de alto risco não planejam realizar o exame. A principal razão revelada pela pesquisa põe em contexto o papel da comunidade médica, pois indica que mesmo na população de alto risco o médico nunca recomendou o exame.

Segundo o especialista, os médicos ainda não têm o costume de solicitar o exame por vários fatores. Primeiro, por desconhecimento sobre conceitos de prevenção e de detecção precoce de câncer de pulmão. Segundo, apesar de muitos médicos serem informados sobre as recomendações, acabam não incluindo estes exames nas suas rotinas de check-up. “É espantoso ver o número de pacientes que são diagnosticados com tumores de pulmão em estádios avançados, e que regularmente realizam check-up cardiológico anual, sem nenhum exame radiológico de tórax”. Riad cita ainda a falta de estabelecimento e divulgação de uma política sólida, nacional e pública, para programas eficientes de detecção precoce de câncer, de pulmão ou de outros órgãos, além do acesso limitado da população a exames radiológicos, incluindo tomografias. “Por fim, ficou claro nos estudos publicados que qualquer programa de detecção precoce deve ser acompanhado por prevenção primária, de anti-tabagismo. Também é necessário criar rotinas locais para o manejo de eventuais lesões detectadas no rastreamento, incluindo biópsias e cirurgias. Infelizmente, no Brasil, todos estes fatores são frequentes e sua abordagem ainda é limitada”, diz.

A cada 5 minutos uma mulher nos EUA é diagnosticada com câncer de pulmão. Apesar do impacto epidemiológico da doença, apenas 3% das mulheres citam o câncer de pulmão como uma preocupação de saúde. A pesquisa da American Lung Association mostra que 87 % da população em geral não está familiarizado com a tomografia computadorizada de baixa dose, a única estratégia de rastreamento para câncer de pulmão aprovada para detecção precoce.

A maioria (62%) acredita que não está sendo feito o suficiente para aumentar a conscientização sobre câncer de pulmão.

A tomografia computadorizada de baixa dose tem a capacidade de salvar vidas e aumentar a conscientização sobre estratégias de detecção precoce na população de alto risco, o que levou a American Lung Association a se associar com o Ad Council para lançar em novembro a campanha "Saved By The Scan".

"Saved By The Scan" é a primeira campanha de publicidade criada para informar os americanos sobre os benefícios da detecção precoce através da triagem do câncer de pulmão, além de incentivar indivíduos de alto risco a fazer um teste on-line de elegibilidade para o screening.

“A campanha "Saved by The Scan", lançada em agosto 2017, no dia mundial de câncer de pulmão, estima dobrar a porcentagem de americanos de alto risco submetidos aos exames de rastreamento nos próximos cinco anos. No Brasil, ainda não temos nenhuma iniciativa deste tipo”, observa.

De acordo com a American Lung Association, são considerados de alto risco indivíduos entre 55 e 80 anos, com histórico de tabagismo de 30 maços/ano (significa 1 maço/dia durante 30 anos, 2 maços/dia durante 15 anos, etc.) fumantes atuais ou ex-fumantes que tenham abandonado o cigarro nos últimos 15 anos.


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