28032024Qui
AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Isquemia remanescente após ressecção hepática e resultados de sobrevida

tomografia figado bxA isquemia hepática remanescente é preditiva de menor sobrevida livre de recorrência e menor sobrevida câncer específica em pacientes submetidos à ressecção cirúrgica para metástases hepáticas de tumores colorretais. É o que mostram dados recentes de Yamashita e colegas1 do MD Anderson, em trabalho comentado por Elizabeth Bourd no Lancet Oncology2.

 Yamashita e colegas utilizaram retrospectivamente dados de 629 pacientes submetidos à ressecção hepática para metástases do câncer colorretal, operados no MD Anderson entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2014. Dessa população, 202 tinham tomografia obtida dentro de 30 dias após a cirurgia. As imagens foram avaliadas de forma retrospectiva por radiologistas, que classificaram a isquemia no fígado no pós-operatório, considerando diferentes escores: isquemia inexistente (grau 0; n = 105), marginal (grau 1; n = 47), parcial (grau 2; n = 45), segmentar (grau 3; n = 5), e necrótica (grau 4; n = 0).

Resultados

Os resultados mostram que a sobrevida câncer específica 5 anos após a cirurgia foi menor nos 50 pacientes com grau 2 ou maior de isquemia hepática remanescente (10 (20%) de 50 pacientes) na comparação com 152 pacientes com grau 1 ou inferior (97 [64%] de 152; p <0 · 001).

A sobrevida sem recorrência 3 anos após a cirurgia também diminuiu significativamente em pacientes com isquemia hepática remanescente de grau 2 ou superior (3 [6%]) frente àqueles com grau 1 ou inferior (60 [39%]; p <0 · 001).

Na análise multivariada, a presença de isquemia remanescente grau 2 ou superior foi positivamente associada com metástase de pelo menos 3 cm de tamanho (p = 0 · 005), metástases múltiplas (p = 0 · 009) e ressecção não anatômica (p = 0 · 002).

Para os autores, as análises ilustram um fator importante na recorrência pós-operatória após a ressecção de metástases hepáticas do câncer colorretal, mostrando o valor da ressecção anatômica.

“Apesar de a preservação de parênquima hepática estar em voga atualmente, os autores sustentam a ressecção anatômica como de melhor prognóstico oncológico, porém novos estudos são necessários para validar tais achados”, explica o cirurgião Raphael Araújo, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Referências:

1.Yamashita S, Venkatesan AM, Mizuno T, Aloia TA, Chun YS, Lee JE, Vauthey J, Conrad C. Remnant Liver Ischemia as a Prognostic Factor for Cancer-Specific Survival After Resection of Colorectal Liver Metastases. JAMA Surg. 2017;152(10):e172986. doi:10.1001/jamasurg.2017.2986

2.Gourd E. Ischaemia in liver resection predicts cancer-specific survival. Lancet Oncology,

26 October 2017 . doi: http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(17)30830-6


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