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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

Teste molecular e seleção terapêutica no câncer de pulmão, como estamos?

Ana Gelatti NET OKResultados de uma pesquisa realizada com oncologistas da América Latina – 75% deles brasileiros – mostra que existem dificuldades para implementar as diretrizes da IALSC e realizar os testes moleculares para mutações de EGFR e ALK em todos os casos de câncer pulmonar avançados, não escamosos. O estudo foi apresentado pela brasileira Ana Caroline Gelatti (foto) na conferência mundial de câncer de pulmão (WCLC 2017), em Yokohama, no Japão. A conclusão dos autores mostra que a maioria dos pacientes da América Latina tem acesso ao teste mutacional, notadamente com apoio da indústria, mas o acesso ao tratamento ainda não é uma realidade para todos.

Realizado em maio de 2017, a partir de um questionário online, o estudo considerou 20 perguntas sobre a prática clínica no tratamento do CPNPC não escamoso avançado, incluindo questões sobre o teste molecular e tratamento alvo.

Resultados

144 oncologistas de 10 países responderam à pesquisa, 75% do Brasil. Embora 95% dos oncologistas tenham acesso ao teste de mutação EGFR e a maioria deles também ao teste de rearranjo ALK, apenas metade solicita os exames na rotina clínica.

O estudo revela que os testes são predominantemente fornecidos pelas indústrias farmacêuticas (75% de EGFR e 78% de ALK) e o status da mutação está disponível em 2 semanas para o EGFR e em 3 semanas para o ALK.

A principal razão para não testar é a falta de tecido suficiente (30% dos oncologistas), mas dificuldades de acesso às drogas-alvo, apontadas como barreira por 20% dos oncologistas, também ajudam a explicar o problema. Inversamente, o performance status e as características clínicas do paciente raramente foram considerados motivo para não testar.

Na progressão da doença, apenas 22% dos oncologistas realizam o procedimento em mais de 75% dos pacientes.

Em relação à imunoterapia, indicada como tratamento de primeira linha para pacientes com alta expressão de PD-L1, a oferta do teste é praticamente limitada a pacientes com seguro privado (85%). A maioria absoluta dos oncologistas (83%) considera que o teste de expressão de PD-L1 deve ser considerado somente após os resultados de EGFR / ALK estarem disponíveis.

"Apesar de termos avançado rapidamente na individualização do tratamento do câncer de pulmão, com a identificação de novos drivers moleculares, biomarcadores, e desenvolvimento de novas drogas, o acesso a essa tecnologia ainda é restrito. Para que essa realidade se aproxime dos nossos pacientes ainda é necessário que de alguma forma consigamos fornecer acesso aos testes diagnósticos de maneira mais ampla, bem como ao uso da melhor terapia disponível. A educação médica é fundamental para que esses tratamentos sejam oferecidos a todos pacientes", afirma Ana Gelatti, oncologista do Hospital do Câncer Mãe de Deus, em Porto Alegre, e membro do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT). 

Referência: P1.01-043 - Molecular Testing for Non-Small Cell Lung Cancer in Latin American (ID 10391)
09:30 - 09:30 | Presenting Author(s): Ana Caroline Zimmer Gelatti | Author(s): J. Cé Coelho, F.Z. Caorsi, Clarissa Mathias, G. Werutsky


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