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AtualizadoQua, 17 Abr 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

Pesquisadores anunciam biomarcador no câncer de próstata

fernando maluf v1 NET OKO cenário de tratamento do câncer de próstata avançado vive aceleradas transformações, com a oferta de diferentes agentes terapêuticos, mas nenhum biomarcador é rotineiramente usado na clínica para prever a resposta a esses agentes e personalizar a seleção terapêutica. Estudo liderado pela Cleveland Clinic e publicado no JAMA Oncology mostra resultados da variante do alelo HSD3B1 e seu caráter preditivo como biomarcador de resposta no câncer de próstata avançado. O oncologista Fernando Maluf (foto) comenta os resultados.

Os pesquisadores avaliaram o papel dessa variante (HSD3B1) em duas populações de pacientes com câncer de próstata que desenvolveram resistência à terapia de privação androgênica.

Primeiro, em colaboração com o Memorial Sloan Kettering, foram avaliados 213 homens que recorreram após ADT+ radioterapia. Pela primeira vez, a variante HSD3B1 mostrou correlação com resposta ao tratamento, associada a pior prognóstico. O estudo mostrou que homens com HSD3B1 foram mais propensos a desenvolver rápida progressão metastática.

O segundo estudo foi realizado com 90 pacientes que se tornaram resistentes à terapia de privação androgênica e receberam cetoconazol como tratamento subsequente. A hipótese dos pesquisadores era de que tumores com HSD3B1 se tornam resistentes ao ADT porque têm um suprimento de reserva de andrógenos e, portanto, os pacientes não responderiam ao cetoconazol. No entanto, os resultados surpreenderam e os andrógenos extra-gonadais tornaram os pacientes mais sensíveis ao cetoconazol. Embora não seja rotineiramente usado na clínica, o agente serviu para demonstrar que pacientes com variantes do alelo HSD3B1 são mais propensos a bloquear a produção intratumoral de andrógenos e podem predizer resposta a inibidores androgênicos que atuam no bloqueio da enzima CYP17.

Essas descobertas complementam estudos anteriores e apoiam o uso de HSD3B1 como biomarcador preditivo para ajudar a orientar as decisões de tratamento. Mais estudos são necessários usando antiandrogênicos de última geração, como abiraterona e enzalutamida.
“É um estudo interessante sobre o HSD3B1, que tem relação com uma enzima que aumenta a síntese de hidrotestosterona, de precursores não gonadais. É obviamente um potencial biomarcador que pode demonstrar resistência à supressão de testosterona e até mesmo a outras drogas que atuam na produção de andrógenos extra testiculares, como abiraterona e cetoconazol”, diz o oncologista Fernando Maluf.

“Os resultados mostram que pacientes que têm essa alteração do HSD3B1 têm pior sobrevida livre de progressão e pior sobrevida global e livre de metástases. Os dados sugerem que o alelo HSD3B1 é associado a pior prognóstico. Alguns dados ainda são conflitantes, mas com certeza novos estudos vão estabelecer o papel desse alelo como o primeiro biomarcador a mostrar resistência ou não aos antiandrogênicos. Sabemos que existem outros fatores clínicos que sugerem resistência, como o componente neuroendócrino e o Gleason muito aumentado”, conclui Maluf.

Referências:

HSD3B1 and Response to a Nonsteroidal CYP17A1 Inhibitor in CRPC
Nima Almassi, MD; Chad Reichard, MD; Jianbo Li, PhD; Carly Russell, MS; Jaselle Perry, MS; Charles J. Ryan, MD; Terence Friedlander, MD; Nima Sharifi, MD

Association of HSD3B1 Genotype With ADT Response in Prostate Cancer
Jason W. D. Hearn, MD; Wanling Xie, MS; Mari Nakabayashi, MD, PhD; Nima Almassi, MD; Chad A. Reichard, MD; Mark Pomerantz, MD; Philip W. Kantoff, MD; Nima Sharifi, MD
JAMA Oncol. Published online October 12, 2017. doi:10.1001/jamaoncol.2017.3158


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