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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Anvisa aprova nintedanibe para tratamento de câncer de pulmão

pulmao 6 OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no Brasil o registro do inibidor de tirosina quinase nintedanibe (OFEV®, Boehringer Ingelheim) para para tratamento de adenocarcinoma de pulmão em combinação com docetaxel após primeira linha de quimioterapia baseada em platina. O medicamento já era registrado no país para o tratamento da fibrose pulmonar idiopática. A nova indicação tem como base os resultados do estudo de fase III LUME-Lung 1.

 

Sobre o estudo LUME-Lung 1

LUME-Lung 1 é um estudo randomizado, duplo cego, de fase III, que comparou a combinação de nintedanibe + docetaxel vs docetaxel + placebo em pacientes com câncer de pulmão de não-pequenas células metastático ou localmente recorrente com histologia de adenocarcinoma, após o tratamento em primeira linha com quimioterapia.

O estudo envolveu 1.314 pacientes de 211 centros em 27 países na Europa, na Ásia e na África do Sul, com CPNPC estágios IIIB/IV recorrente que progrediram após quimioterapia de primeira linha. Os pacientes foram estratificados (1:1) de acordo com o status de desempenho da ECOG, tratamento anterior com bevacizumabe, histologia e presença de metástases cerebrais para receber docetaxel 75 mg/m2 via intravenosa no dia 1, mais nintedanibe 200mg via oral duas vezes ao dia, ou a combinação de docetaxel com placebo nos dias 2-21, a cada 3 semanas, até eventos adversos inaceitáveis ou progressão da doença.

O endpoint primário foi a sobrevida livre de progressão (SLP) por revisão central independente, analisada por intenção de tratar após 714 eventos em todos os pacientes. O principal endpoint secundário foi a sobrevida global, analisada por intenção de tratar após 1121 eventos ocorridos, em uma ordem pré-especificada: primeiro em pacientes com adenocarcinoma que progrediram no prazo de 9 meses após o início da terapia de primeira linha, em todos os pacientes com adenocarcinoma, e então em todos os pacientes.

Resultados

Entre 23 de dezembro de 2008 e 9 de fevereiro de 2011, 655 pacientes foram aleatoriamente randomizados para receber docetaxel mais nintedanibe e 659 para receber docetaxel mais placebo. A análise primária foi realizada após uma mediana de seguimento de 7,1 meses (IQR 3,8 - 11. A SLP foi significativamente melhorada no grupo de docetaxel + nintedanib em comparação com o grupo de docetaxel + placebo (mediana 3,4 meses [95% IC 2,9 – 3,9] vs 2,7 meses [2,6 – 2,8]; hazard ratio [HR] 0,79 [95% IC 0,68 – 0,92], p= 0,0019).

Após um acompanhamento médio de 31,7 meses (IQR 27,8 – 36,1), a sobrevida global foi significativamente melhorada para pacientes com histologia de adenocarcinoma que progrediram nos 9 meses após o início do tratamento de primeira linha no grupo docetaxel + nintedanib (206 pacientes) em comparação com aqueles no grupo placebo e docetaxel (199 pacientes, mediana de 10,9 meses [95% IC 8,5 – 12,6] vs 7,9 meses [6,7 – 9,1]; HR 0,75 [95% IC 0,60 – 0,92], p = 0,0073).

Resultados semelhantes foram observados para todos os pacientes com histologia de adenocarcinoma (322 pacientes no grupo de docetaxel + nintedanib e 336 no grupo de docetaxel + placebo; mediana de sobrevida global 12,6 meses [95% IC 10,6 – 15,1] vs 10,3 meses [95% IC 8,6 – 12,2]; HR 0,83 [95% IC 0,70 – 0,99], p = 0,0359), mas não na população total do estudo (mediana 10,1 meses [95% IC 8,8 -11,2] vs 9,1 meses [8,4 – 10,4]; HR 0,94, 95% IC 0,83 – 1,05, p=0,2720).

Os eventos adversos de grau 3 ou superiores que foram mais comuns no grupo docetaxel mais nintedanib do que no grupo placebo foram diarreia (43 [6,6%] de 652 vs 17 [2,6%] de 655), aumentos reversíveis em alanina aminotransferase (51 [7,8%] vs 6 [0,9%]) e aumentos reversíveis na aspartato aminotransferase (22 [3,4%] vs 3 [0,5%]).

35 pacientes no grupo nintedanibe e 25 no grupo placebo morreram de eventos adversos possivelmente não relacionados à progressão da doença; os mais comuns desses eventos foram sepse (cinco com nintedanibe vs um com placebo), pneumonia (dois vs sete), insuficiência respiratória (quatro vs nenhum) e embolia pulmonar (nenhum vs três).

O estudo está registrado em ClinicalTrials.gov, número NCT00805194.

Referência: Reck M, Kaiser R, Mellemgaard A, et al. Docetaxel plus nintedanib versus docetaxel plus placebo in patients with previously treated non-small cell lung cancer (LUME-Lung 1): a phase 3, double-blind, randomised controlled trial. Lancet Oncol 2014;15:143–155 - DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(13)70586-2

 

 


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