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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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Daichii Sankyo

 

Quimioterapia oral e interação medicamentosa

comprimidos diversosA nova era da oncologia personalizada trouxe uma série de novos agentes antineoplásicos orais. No entanto, essa mudança de paradigma exige que os prescritores tenham muito mais conhecimento sobre a absorção e metabolismo dessas drogas e do seu elevado potencial para interações medicamentosas. O alerta vem de estudo publicado no JAMA Oncology, que mostra que a maioria dos antineoplásicos orais aprovados desde 2010 está associada a múltiplas e clinicamente importantes interações medicamentosas (DDIs).

O risco para essas DDIs é aumentado por medicamentos de uso concorrente, prescritos para doenças crônicas preexistentes comuns na população oncológica, e segundo os autores também pela complexidade do cenário do acesso, que por vezes canaliza a obtenção de drogas de alto custo como a quimioterapia oral a programas específicos de dispensa farmacêutica.

Segundo os autores, apesar dos avanços na identificação de interações medicamentosas e dos programas centrados no paciente, a prevalência de DDIs em pacientes admitidos em hospitais ou ambulatórios com reações a drogas é superior a 30%.

A presença de reações adversas cresce conforme aumenta o tempo de exposição. Outra preocupação nem sempre apontada é a perda de eficácia, também um sério problema associado a DDIs com as quimioterapias de uso oral. “Considerando tratar-se de drogas de alto custo, interações que diminuem a eficácia são absolutamente inadmissíveis”, apontaram os autores.

O artigo do JAMA Oncology lembra, ainda, que todas as quimioterapias de uso oral podem potencialmente desencadear reações no complexo enzimático do citocromo P450 (CYP450) e que o mesmo grupo de enzimas aparece em diferentes interações medicamentosas.

A farmacocinética também pode ser profundamente alterada por interações entre agentes terapêuticos, como a conhecida co-administração de dasatinibe e inibidores da bomba de prótons, que pode reduzir a exposição sistêmica e diminuir a absorção da droga.

Referência: Drug-Drug interaction with Oral Antineoplastic Agents - Sandeep Parsadi, Mark Ratain et al - JAMA Oncology, Jun 2016 volume 3, número 6

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