Imunoterapia: segunda geração aposta nos inibidores IDO

sales_of_first_generation_immunotherapies_have_surged.jpgA acirrada disputa entre os modernos inibidores de checkpoint alimenta um mercado de bilhões de dólares e faz da imuno-oncologia o carro chefe do pipeline de grandes companhias farmacêuticas globais (veja gráfico). Agora, depois da geração de agentes anti PD-1/PD-L1, a novidade vem dos inibidores de IDO, a indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO), enzima que cataboliza o aminoácido triptofano e inibe a proliferação de linfócitos T.

Em uma transação de 1,25 bilhão de dólares, a Bristol-Myers Squibb incorporou a Flexus Biosciences e adquiriu em 2015 as pesquisas com inibidores de IDO (BMS-986205). A Pfizer é outra a apostar na nova geração de imunoterapias no tratamento do câncer, em colaboração com a iTeos Therapeutics, e apresenta em junho na ASCO estudos iniciais com inibidores de IDO (PF-06840003).
 
Entre as biotechs, o destaque é a Incyte, companhia que em 2016 gerou lucro líquido de 104 milhões de dólares e está à frente dos estudos com o agente epacadostat.
 
Em alta
 
Estimativas da consultoria BioPharm Insight (BPI) sinalizam que as vendas com imuno-oncologia devem se manter aquecidas. Os anti PD-1 continuam na liderança e nivolumabe (Opdivo) da BMS deve movimentar um volume global de vendas superior a U$ 12 bilhões em 2022, ultrapassando os US$ 7.7 bilhões previstos com as vendas de pembrolizumabe (Keytruda) no mesmo ano.
 
A imprensa internacional confirma as perspectivas. Em reportagem veiculada em abril, o Financial Times aponta a tendência de alta no volume de vendas da primeira geração de inibidores de checkpoint imunológico.