Inibidor de PARP mostra resultados na SGO

Gineco_NET_OK.jpgO estudo de Fase III ENGOT-OV16 / NOVA que avalia o inibidor de PARP niraparib em câncer de ovário recorrente apresentou novos dados no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Ginecológica (SGO).

A análise final mostrou que niraparib aumentou significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com e sem mutações BRCA na comparação com o braço controle, assim como o uso de niraparib foi superior em outros endpoints avaliados.
 
O estudo inscreveu 553 pacientes com câncer de ovário recorrente que haviam obtido resposta parcial ou completa com quimioterapia. No encontro da SGO foram apresentados endpoints secundários, incluindo intervalo livre de quimioterapia (ILQ), tempo até a segunda terapia subsequente (TTS) e sobrevida livre de progressão 2 (SLP2), definido como intervalo para segunda recaída.
 
A análise final mostrou que niraparib aumentou significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com e sem mutações BRCA na comparação com o braço-controle. A magnitude do benefício foi semelhante entre pacientes que ingressaram no estudo com resposta parcial ou completa. Em pacientes mutados, a SLP mediana foi de 21.0 meses versus 5,5 meses (HR 0,73, P <.0001). Entre aqueles sem mutação, a SLP mediana foi de 9,3 meses vs 3.9 meses com placebo (HR, 0.45; P <.0001).
 
O uso de niraparib também melhorou o intervalo livre de quimioterapia. Em pacientes BRCA mutados, a mediana foi de 22,8 meses em comparação com 9,4 meses para o grupo controle (p <0,0001). Entre os pacientes sem mutações germinativas a mediana de ILQ foi de 12,7 meses versus 8,6 meses, favorecendo o braço tratado com niraparib (p <0,0001).
 
O agente experimental teve impacto no tempo até a segunda terapia subsequente, com uma razão de risco de 0,31 entre pacientes mutados (IC95%: 0,205-0,481). Nessa população, a mediana de TTS foi de 21,0 meses versus 8,4 meses em favor de niraparib (p <0,0001). Entre os pacientes sem mutações BRCA, a razão de risco foi de 0,55 (IC 95%, 0,412-0,721) e a TTS mediana foi de 11,8 meses versus 7,2 meses (p <0,0001).
O desfecho de SLP-2 também mostrou benefícios de niraparib em relação ao grupo controle, nas coortes com e sem mutação, embora os dados ainda estejam imaturos.