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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Consenso Brasileiro em Câncer de Próstata Avançado

BALAN__O_PR__STATA_PG4TO6_ON4_NET_OK_ASCO_GU_2.jpgO International Brazilian Journal of Urology publicou o I Consenso Brasileiro em Câncer de Próstata Avançado. Apesar dos recentes progressos no conhecimento científico e da disponibilidade de novas terapias, ainda há considerável heterogeneidade nas abordagens terapêuticas para câncer de próstata metastático e questões relevantes ainda estão à espera de evidências.

Inspirado no modelo do Consenso de St. Gallen, o painel brasileiro teve o apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), com a participação de 18 especialistas - 8 urologistas, 8 oncologistas clínicos, além de dois médicos nucleares.  

"Vejo este Consenso como uma diretriz geral de tratamento do câncer de próstata metastático. A ideia não é polemizar e sim colocar em perspectiva conceitos, evidência clínica e pontos de vista", analisa o oncologista Igor Morbeck, médico do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. "O conceito desta iniciativa é tornar público para  urologistas e oncologistas da comunidade latino-americana recomendações de tratamento baseadas em evidência científica", diz.

Para Morbeck, a iniciativa tem três aspectos que merecem ser destacados, a começar pelo mérito de reunir sociedades médicas distintas, unidas por uma patologia que é bastante incidente e tem no manejo multidisciplinar o padrão de cuidados. "Em segundo lugar, sabemos que iniciativas como esta são incomuns em nosso meio e tais dretrizes certamente contribuem para disseminar o conhecimento a respeito do tema", prossegue."O terceiro aspecto é termos conseguido uma publicação em revista especializada e indexada, contribuindo de maneira sólida e científica para um padrão de tratamento na América do Sul. Estamos motivados em participar do segundo consenso que será realizado em março em São Paulo", sinaliza.


O câncer de próstata representa uma importante causa de morbidade e cerca de 20% dos pacientes são diagnosticados em fase avançada ou vão progredir da doença sem possibilidade de tratamento curativo.

Métodos e resultados

O I Consenso Brasileiro em Câncer de Próstata Avançado compreendeu 40 questões controversas no cenário da doença avançada com o objetivo de orientar os melhores cuidados terapêuticos.

Na doença hormônio sensível, o painel lembra que a monoterapia com GnRH é a mais utilizada como primeira linha de tratamento. No entanto, o Consenso registra a existência de outras modalidades terapêuticas, como o uso de antagonistas Gn-Rh, a orquidectomia subcapsular ou mesmo a associação da supressão de testosterona e de anti-andrógenos periféricos.
 
Em relação ao uso de quimioterapia no câncer de próstata hormônio sensível, 73% dos membros do painel concordaram que para pacientes com doença metastática recomenda-se a utilização de docetaxel associado à supressão androgênica, com base nos estudos existentes (CHAARTED e STAMPEDE).
 
O I Consenso Brasileiro em Câncer de Próstata Avançado ainda traz recomendações para acompanhar a resposta ao tratamento e à progressão da doença.
 
Uma das questões mais atuais – qual a melhor sequência de tratamento na doença resistente à castração – também é apresentada no artigo publicado pelo IJBU, que tem como primeiro autor o urologista André Deeke Sasse, da Unicamp.
 
Por unanimidade, o painel considerou que abiraterona, enzalutamida, cabazitaxel e Radium-223 podem ser utilizados em pacientes que progrediram da doença menos de três meses após a suspensão da quimioterapia com docetaxel.
 
Na falta de evidências que possam indicar a melhor sequência de tratamento, o painel recomenda que a escolha da estratégia deve considerar os benefícios potenciais, os efeitos e riscos envolvidos, assim como deve levar em conta também os custos e o cenário de disponibilidade das drogas no Brasil. "
Há questões que admitem múltiplas respostas. Todas podem ser possíveis, daí a importância do debate", esclarece Morbeck.

Para o oncologista Fernando Maluf, chefe do Centro de Oncologia Clínica da Beneficência Portuguesa de São Paulo e Médico do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein, "o consenso proporcionou uma visão de especialistas nas áreas de urologia, oncologia clínica e medicina  nuclear sobre métodos de estadiamento, definição de progressão da doença e resistência a castração, bem como tratamento da doença metastática androgênio sensível e resistente, incluindo parâmetros clínicos e patológicos para selecionar a melhor sequência de tratamento".

A íntegra do artigo está disponível, em acesso aberto.

Referência: Recommendations for Clinical PracticeSasse AD, et al. Int Braz J Urol. 2017. - Brazilian Journal of Urology - Vol. 43 (x): 2017 February 1.[Ahead of print] - doi: 10.1590/S1677-5538.IBJU.2016.0490

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