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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

FDA aprova atezolizumab para câncer de pulmão não pequenas células

CancroPulmao.jpgO FDA aprovou o atezolizumab (Tecentriq®, Genentech/Roche) para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células metastático (CPNPC) com progressão da doença após um regime contendo platina e à terapia-alvo para pacientes com mutações EGFR ou ALK. O inibidor de PD-L1 atezolizumab havia sido aprovado pelo FDA em maio deste ano para o tratamento do carcinoma urotelial de bexiga.

A aprovação é baseada nos ensaios clínicos OAK e POPLAR, sendo o maior deles o estudo de fase III OAK, apresentado no Congresso ESMO 2016.1 No estudo, o atezolizumab reduziu o risco de morte em 26% em comparação com o docetaxel em pacientes com CPNPC avançado após falha da quimioterapia à base de platina. A mediana de sobrevida global (SG) foi melhorada em 4,2 meses com o inibidor de PD-L1 versus quimioterapia (mediana de sobrevida global [SG]: 13,8 vs. 9,6 meses; HR = 0,74, 95% CI: 0,63, 0,87). O benefício de sobrevida com atezolizumab foi observado independentemente da histologia ou do status de PD-L1.
 
"Atezolizumab é uma nova opção para ajudar as pessoas com este tipo de câncer de pulmão metastático previamente tratado, independentemente de expressão de PD-L1, a viverem mais tempo do que com a quimioterapia", disse Sandra Horning, médico-chefe e chefe de Desenvolvimento de Produto Global da Genentech, que desenvolve o medicamento. "É a primeira e única imunoterapia aprovada para câncer que foi desenvolvida para ter como alvo a proteína PD-L1, o que pode desempenhar um papel importante no modo de atuação do medicamento."
 
Estudo OAK
 
O estudo de fase III OAK, randomizado, aberto, internacional avaliou a eficácia e segurança deatezolizumab em 1225 pacientes com CPNPC localmente avançado ou metastático, independentemente da histologia ou status do PD-L1, cuja doença tenha progredido durante ou após a quimioterapia contendo platina. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente numa proporção 1:1 para 75 mg/m2 de docetaxel por via intravenosa (IV) ou 1200 mg de atezolizumab IV a cada 3 semanas.
 
Os dados demográficos dos pacientes no baseline foram bem equilibrados entre os dois braços. A idade média dos participantes foi 64 anos, 61% dos pacientes eram do sexo masculino, 18% nunca haviam fumado e 25% tinham recebido duas linhas anteriores de terapia. Os pacientes tinham um performance status ECOG de 0 (37%) ou 1 (63%). Entre os pacientes randomizados para docetaxel, 17% receberam imunoterapia como próximo tratamento.
 
Os endpoints co-primários do estudo foram a sobrevida global (SG) em todos os pacientes randomizados e em um subgrupo PD-L1-definido. Os endpoints secundários incluíram a sobrevida livre de progressão (SLP), taxa de resposta objetiva (TRO), e a duração da resposta (DR). A avaliação de eficácia primária incluiu apenas os primeiros 850 pacientes randomizados, e a análise de eficácia secundária incluiu dados de todos os 1225 pacientes randomizados.
 
Nos primeiros 850 pacientes randomizados, a mediana de SG foi de 13,8 meses no braço atezolizumab (n=425) versus 9,6 meses no braço de docetaxel (n=425; HR, 0,74; 95% CI, 0,63-0,87; P=0,0003). A SLP foi de 2,8 meses versus 4 meses (HR, 0,95), respectivamente. A taxa de resposta objetiva e taxa de duração de resposta foram de 13,6% versus 13,4% e 16,3 versus 6,2 meses, respectivamente.
 
Em pacientes com histologia não-escamosa, a mediana de SG foi de 15,6 meses no grupo atezolizumab (n=313), em comparação com 11,2 meses no grupo controle (n=315; HR, 0,73; 95% CI, 0,60-0,89). Entre os pacientes com histologia escamosa, a mediana de SG foi de 8,9 meses na coorte atezolizumab (n=112) versus 7,7 meses no braço docetaxel (n=110; HR, 0,73; 95% CI, 0,54-0,98).
 
Em relação ao status de PD-L1, os pacientes PD-L1-positivo (TC1/2/3 ou IC1/2/3) apresentaram expressão em pelo menos 1% das suas células tumorais (TC) ou células do sistema imunológico que se infiltram no tumor (IC). Pacientes PD-L1-negativo (TC0 ou IC0) tinham expressão menor do que 1% em suas TC e IC.

No grupo PD-L1-positivo, a mediana de SG foi de 15,7 meses no braço atezolizumab (n=241) em comparação com 10,3 meses no braço controle (n=222; HR, 0,74; 95% CI, 0,58 - 0,93; P=0,0102). Entre os pacientes PD-L1-negativo, a mediana de SG foi de 12,6 meses no grupo atezolizumab (n=180) versus 8,9 meses no grupo docetaxel (n=199; HR, 0,75; 95% CI 0,59-0,96; P=0.0205).
 
O perfil de segurança com atezolizumab no estudo OAK foi consistente com resultados observados em estudos anteriores do inibidor de PD-L1. Os eventos adversos que ocorreram mais frequentemente no braço atezolizumab incluíram dor músculo-esquelético (11% vs 4% com docetaxel) e prurido (8% vs 3%).
 
A taxa de eventos adversos de graus 3/4 foi menor no braço atezolizumab em comparação com o grupo controle (15% versus 43%, respectivamente). Nenhuma morte relacionada com o tratamento ocorreu na coorte atezolizumab em comparação com 1 no braço de docetaxel.
 
Estudo POPLAR
 
O estudo de fase II POPLAR2,3 randomizou 287 pacientes com CPNPC previamente tratados para receber atezolizumab (n=144) ou docetaxel (n=143). Atezolizumab intravenoso foi administrado a 1200 mg cada 3 semanas e docetaxel foi utilizada a 75 mg/m2 a cada 3 semanas.
 
Na população total do estudo, os resultados não foram significativamente favoráveis ao atezolizumab; no entanto, a expressão de PD-L1 foi fortemente associada à eficácia da imunoterapia.
 
Nos tumores com alta expressão de PD-L1 (TC/IC 3), a mediana de SLP foi de 7,8 versus 3,9 meses, para atezolizumab e docetaxel, respectivamente (HR, 0,60; 95% CI, 0,31-1,16). A taxa de resposta global foi de 38% e 13%, respectivamente.
 
Em pacientes sem expressão de PD-L1 (TC/IC 0), não foi observada diferença entre os dois grupos. Em todos os níveis de expressão, a taxa de resposta global foi de 15% com ambos os tratamentos. Neste grupo, a mediana de sobrevida global foi de 12,6 e 9,7 meses e a mediana de sobrevida livre de progressão foi de 2,7 e 3,0 meses para atezolizumab e docetaxel, respectivamente.
 
No estudo POPLAR, menos eventos adversos de graus 3 a 5 foram experimentados por pacientes tratados com atezolizumab em comparação com docetaxel (44% vs 56%). Houve uma maior incidência de efeitos colaterais respiratórios com imunoterapia versus quimioterapia. Atezolizumab foi associado com aumento de aminotransferases de aspartato e alanina (4% cada), colite (1%), hepatite (1%) e pneumonite (2%).

Referências:
 
1. Barlesi F, Park K, Ciardiello F, et al. Primary analysis from OAK, a randomized phase III study comparing atezolizumab with docetaxel in 2L/3L NSCLC. Presented at: 2016 ESMO Congress; October 7-11, 2016; Copenhagen, Denmark. Abstract for LBA44.

2. Vansteenkiste J, Fehrenbacher L, Spira AI, et al. Atezolizumab monotherapy vs docetaxel in 2L/3L non-small cell lung cancer: Primary analyses for efficacy, safety and predictive biomarkers from a randomized phase II study (POPLAR). Presented at: 2015 European Cancer Congress; September 25-29; Vienna, Austria. Abstract 14LBA.
 
3. Spira AI, Park K, Mazières J, et al. Efficacy, safety and predictive biomarker results from a randomized phase II study comparing atezolizumab vs docetaxel in 2L/3L NSCLC (POPLAR). J Clin Oncol. 2015;(suppl; abstr 8010).

 
 
 
 
 


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