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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Bloqueio hormonal e radioterapia na recaída bioquímica pós-prostatectomia

Radio_Prostata_NET_OK.jpgRobson Ferrigno, Coordenador do Serviço de Radioterapia do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, e Rafael Carvalho, residente do COAEM, comentam o estudo NRG / RTOG 9601, que foi destaque na sessão plenária da 57a edição do Congresso da Sociedade Americana de Radioterapia (ASTRO).

Os dados apresentados por William Shipley, do Massachusetts General Hospital, mostraram uma forte recomendação para considerar a associação de bloqueio hormonal com radioterapia no cenário de resgate de recaída bioquímica após prostatectomia, principalmente em pacientes de alto risco (estádio patológico T3, Gleason > 7; margens positivas e PSA pós-prostatectomia elevado). 

Trata-se de um estudo prospectivo de fase III, duplo cego, placebo controlado que avaliou pacientes com neoplasia de próstata que desenvolveram recaída bioquímica (PSA entre 0,2 e 4,0 ng/ml) após prostatectomia radical. Foram randomizados 761 pacientes para receber radioterapia de resgate, com dose de 64,8 Gy em 36 frações, com ou sem bloqueio androgênico periférico com bicalutamida 150 mg/dia por 24 meses. 

Com seguimento mediano de 12,6 anos, a sobrevida global em 10 anos foi estatisticamente superior entre os pacientes que receberam bicalutamida (82% Vs 78%; p=0,018), bem como a sobrevida livre de recaída bioquímica (46% Vs 30%; p<0,001) e a incidência cumulativa de metástase à distância, que também foi menor (14% Vs 23%; p<0,001). No entanto, a taxa de ginecomastia foi significativamente maior entre os pacientes que receberam terapia anti-androgênica (70% Vs 11%).
 
O estudo possui nível de evidência 1 e grau de recomendação A. No entanto, devido ao desconforto da ginecomastia, o emprego apenas de bloqueio periférico tem sido de pouco uso na prática diária. Estudos com bloqueio androgênico central estão em andamento, como o canadens "RADICALS", que compara o emprego ou não de bloqueio hormonal central e, se de longa duração (24 meses) ou curta (6 meses), tanto para tratamento adjuvante como de resgate após a prostatectomia. Os resultados desses estudos permitirão uma escolha mais apropriada para o tipo de bloqueio androgênico nessas situações.

 


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