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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Redução do risco de câncer colorretal

Aspirina_NET_OK_1.jpgUma análise caso-controle publicada na revista Annals of Internal Medicine mostrou que o uso contínuo e de longo prazo de baixas doses de aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides (NSAIDs) pode reduzir o risco de câncer colorretal.

A utilização contínua e de longo prazo (5 anos ou mais) de baixas doses de aspirina (75, 100 ou 150 mg) foi associada a uma redução de 27% no risco de câncer colorretal; o uso esporádico não pareceu reduzir o risco. O uso consistente de NSAIDs não-aspirina (2 ou mais prescrições/ano), especialmente para medicamentos que são seletivos para a ciclo-oxigenase (COX)-2, também foi associado com a redução do risco.
 
Embora os resultados confirmem os efeitos protetores, os autores advertem contra a sua utilização generalizada. Os NSAIDs, com exceção do naproxeno, podem aumentar o risco de ataque cardíaco. “A ideia de tomar estes medicamentos na esperança de prevenção do câncer é atraente, mas os potenciais danos da aspirina e outros anti-inflamatórios não-esteroides (sangramento gastrointestinal, eventos cardiovasculares) terão de ser ponderados em relação aos benefícios quimioprotetores que nossos resultados indicam", afirmaram. 

Detalhes do estudo 

Para examinar a associação entre o risco de câncer colorretal e o uso de baixas doses de aspirina ou outros NSAIDs, os pesquisadores conduziram um estudo caso-controle de base populacional com pacientes do norte da Dinamarca diagnosticados com câncer colorretal pela primeira vez entre 1994 e 2011.
 
Os dados sobre o uso de drogas, comorbidades e histórico de colonoscopia foram obtidos a partir da prescrição e registos de pacientes. O uso de aspirina em baixas doses (75 a 150 mg) e outros NSAIDs foi definido de acordo com o tipo, dose estimada, duração e consistência de uso.
 
A equipe identificou 10.280 pacientes com câncer colorretal e 102.800 indivíduos do grupo controle sem história de câncer, doença inflamatória intestinal, ou polipose adenomatosa familiar. A proporção de casos e controles foi similar para todos os usuários de aspirina (22,3% vs 22,4%) e para todos usuários de NSAIDs não-aspirina (45,1% vs 46,7%).
 
Os odds ratios ajustados (ORs) para câncer colorretal associado ao uso esporádico (≥ 2 prescrições) de baixas doses de aspirina e outros anti-inflamatórios não-esteroides foram 1,03 (95% CI, 0,98 - 1,09) e 0,94 (CI, 0,90 - 0,98), respectivamente.
 
O uso constante de anti-inflamatórios não-esteroides não-aspirina foi associado com uma redução marginal do risco de câncer colorretal (OR, 0,94). O uso de NSAIDs por 5 anos ou mais, com uma média definida de 0,3 doses diárias (DDD), foi associada a uma odds ratio de câncer colorretal de 0,70, enquanto o odds ratio para uso consistente (2 ou mais prescrições por ano) por pelo menos 5 anos foi de 0,64.
 
Ao contrário de estudos anteriores, o trabalho não avaliou o índice de massa corporal ou o impacto do excesso de peso e da obesidade no risco de câncer.
 
O estudo foi apoiado pelo Danish Cancer Society e pela Aarhus University Research Foundation.
 
Referência: Low-Dose Aspirin or Nonsteroidal Anti-inflammatory Drug Use and Colorectal Cancer Risk: A Population-Based, Case–Control Study - Ann Intern Med. doi:10.7326/M15-0039 -
 


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