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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Novo consenso para exames de imagem em tumores cerebrais

BALANCO_NEURO_bx_OK.jpgUm consenso de experts definiu um novo protocolo para a ressonância magnética (MRI) em ensaios clínicos de tumores cerebrais para melhor avaliar a eficácia de novos tratamentos. As recomendações do consenso foram publicadas na edição online da revista Neuro-Oncology. Marcos Maldaun, presidente da Sociedade Latino Americana de Neuro-Oncologia (SNOLA), comentou o consenso para o Onconews.

A proposta do protocolo é reduzir a variabilidade na aplicação da tecnologia da ressonância magnética para aumentar a precisão do exame no controle da progressão de tumores cerebrais e na avaliação de resposta a terapias experimentais, seguindo os critérios RANO.

O desenvolvimento e a adoção de um protocolo padronizado de MRI em ensaios clínicos de tumores cerebrais ajudará a construir e validar dados quantitativos capazes de incentivar o desenvolvimento de novas drogas, fornecendo uma forma amplamente aceita de informações baseadas em imagem para balizar futuros tratamentos.

"Tumores cerebrais malignos, particularmente glioblastomas, são alguns dos cânceres mais complexos e resistentes ao tratamento disponível", disse Mark Gilbert, diretor do Comitê Geral de especialistas responsável pelo novo protocolo, também à frente da área de Neuro-Oncologia do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos.
 
"Pacientes com glioblastoma têm uma sobrevida média de apenas 14 a 16 meses e menos de 10% sobrevivem cinco anos após o diagnóstico. Com as limitadas opções de tratamento, há uma necessidade crítica de identificar rapidamente novas terapias para esta população de doentes", afirmou.
 
A neuro-oncologia tem interesse na utilização de alternativas de imagens que possam não apenas auxiliar a medir a progressão do tumor, mas também determinar a resposta e o valor relativo de um tratamento experimental. Tradicionalmente, a MRI tem sido empregada com esse objetivo, mas a variabilidade na execução e processamento de imagens e medições entre observadores e entre centros de tratamento chamou a atenção para a importância de definir um consenso para adequar e padronizar protocolos. As normas passam a definir standards de aquisição de imagem (intensidade de campo, sistemas de gradiente e sequências apropriadas) e mesmo nos procedimentos de análise, como explica Marcos Maldaun, presidente da Sociedade Latino Americana de Neuro-Oncologia (SNOLA).

"A avaliação por imagens com ressonância magnética pré, durante e pós-tratamento é fundamental e essencial. Felizmente o RANO nos trouxe substrato suficiente para interpretar e periodicamente acompanhar a evolução desta patologia. Contudo, as centenas de centros diagnósticos não seguiam padrão uniforme de execução das sequências indicadas, fato que indubitavelmente poderia afetar a interpretação das imagens", afirma Maldaun.
 
Segundo o especialista, a padronização vem de encontro com a missão da SNOLA, otimizando meios diagnósticos, viabilizando decisões terapêuticas mais apropriadas e  permitindo uma avaliação de novas terapias com mais propriedade e de forma mais fidedigna. 

O novo protocolo reflete o esforço de uma coalizão, com a participação de organizações sem fins lucrativos na área de tumores cerebrais, incluindo a Sociedade Americana de Neuro-Oncologia, a Fundação Musella para Tumores Cerebrais e a Sociedade Nacional de Tumores cerebrais, além da ONG Accelerate Brain Cancer Cure.

Referência: http://neuro-oncology.oxfordjournals.org/content/early/2015/08/05/neuonc.nov095.abstract
 


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