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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Estudo sugere que níveis de radiação da mamografia são superestimados

Mama_RaioX_Ilustra.jpgO rastreamento por mamografia é mais seguro do que se pensava, sugere um grande estudo apresentada na 57ª Reunião Anual da Associação Americana de Física Médica (AAPM). O estudo determinou que as mulheres recebem cerca de 30% menos radiação durante o teste do que o previsto.

"Nossos resultados sugerem que os danos do rastreio mamográfico são significativamente menores do que o percebido e, portanto, a sua eficácia é muito maior", disse Andrew Hernandez, doutorando em engenharia biomédica na Universidade da Califórnia Davis. "Nosso estudo confirma estudos menores que mostraram que os níveis de radiação que as mulheres recebem durante a mamografia são superestimados."
 
“Saber que a dose absorvida é menor acaba sinalizando para uma utilização maior da mamografia para o diagnóstico de câncer de mama, o que pode resultar em estadios menos avançados da doença”, afirma Roberto Kenji Sakuraba, físico médico do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
 
A mama é composta de pele, gordura e tecido glandular. Uma vez que o último está em maior risco de ser danificado pela radiação, os métodos atuais focam a dose de radiação depositada apenas para o tecido glandular. Mas estes métodos assumem que a mama é composta de uma mistura uniforme de tecido glandular e gordura.
 
A fim de determinar a quantidade apropriada de radiação necessária para a mamografia, os modelos atuais estimam a dose no tecido glandular que pode ser danificado por radiação. Isso pressupõe que o tecido glandular e adiposo é distribuído uniformemente. Mas Hernandez e sua equipe citaram dois estudos anteriores (um com base em modelos de computador e um baseado em 20 pacientes) que mostraram que o tecido glandular é distribuído de forma desigual.
 
O novo estudo utilizou um modelo abrangente de anatomia da mama com base em exames de tomografia computadorizada (TC) de 219 mulheres que representam uma boa média da população em termos de densidade mamária, idade, etnia e tamanho para determinar como o tecido glandular é distribuído por todo a mama. O estudo concluiu que a dose de radiação é superestimada em 25% a 35%.
 
Atualmente, existe divergência sobre quando o rastreamento para câncer de mama por mamografia deve começar em mulheres com risco médio para a doença, e com que frequência ele deve ocorrer. Enquanto a American Cancer Society recomenda a triagem anual a partir dos 40 anos, a Preventive Services Task Force recomenda esperar até 50 anos de idade, com um exame de rastreio a cada dois anos. Ambos os grupos recomendam a triagem mais cedo em mulheres com risco aumentado para câncer de mama.
 
"A decisão de rastreamento é um cálculo com base em benefícios e riscos. Sabemos quais são os benefícios, e nossa pesquisa sugere agora que o risco de desenvolver câncer por rastreio mamográfico é 30% menor do que se pensava ", disse Hernandez. "O próximo passo é atualizar os métodos de dose de radiação relevantes à mamografia para refletir a real distribuição de tecido glandular", concluiu.
 
Referência: Hernandez A, et al "Monte Carlo simulation of glandular breast dose in mammography using breast CT-derived glandular distributions" - AAPM 2015; Abstract 23707
 

 
 
 

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