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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Novos biomarcadores preditivos de resposta no câncer colorretal metastático

cancer_colloretal_RADAR_NET_OK.jpgOs resultados de um estudo publicados dia 17 de junho na PLoS ONE (Public Library of Science) sugerem que dois genes podem ajudar os médicos a tomar decisões de tratamento em câncer colorretal metastático.

Em pacientes com câncer de cólon metastático, a resposta à quimioterapia de primeira linha é um forte preditor de sobrevida global (SG).Câncer colorretal metastático é tipicamente tratado com duas drogas quimioterápicas, 5-fluorouracil em combinação com irinotecano ou oxaliplatina. Para melhor prever a resposta dos pacientes antes de iniciar o tratamento, pesquisadores da Universidade da Califórnia realizaram um estudo de prova de princípio com um pequeno grupo de pacientes. O estudo utiliza marcadores genéticos para determinar qual das duas drogas, oxaliplatina ou irinotecano, é melhor para determinados pacientes.

"Diversos estudos grandes compararam oxaliplatina e irinotecano e concluíram que a taxa de resposta é semelhante. A decisão do oncologista sobre o tratamento pode levar em conta sua experiência, nível de conforto na prescrição e saúde do paciente", disse o autor sênior do estudo, Paul Fanta, professor clínico assistente de medicina e oncologista da Universidade da Califórnia San Diego Moores Cancer Center. "Mas, na realidade, as duas drogas são muito diferentes, e para cada paciente uma pode ser melhor do que a outra. Como oncologista, como eu sei qual é melhor para meu paciente?", questiona.

Para tentar responder a essa questão, Fanta e sua equipe utilizaram um teste disponível comercialmente para analisar os níveis dos genes ERCC1 e TS em 41 pacientes diagnosticados entre julho de 2008 e agosto 2013 na Universidade da Califórnia, em San Diego, com câncer colorretal metastático. Estes genes codificam proteínas envolvidas na construção e reparação do DNA.
 
Os pesquisadores descobriram que 33 dos 41 pacientes tinham níveis baixos de ERCC1. Esses mesmos pacientes também tinham significativamente maior mediana de sobrevida em comparação com pacientes com níveis elevados de ERCC1 (36 meses vs. 10,1 meses, HR 0,29; IC 95% 0,095-0,84, log-rank p = 9.0x10-6), e maior mediana de tempo para falha do tratamento após a primeira linha de quimioterapia (14,1 vs. 2,4 mo, HR 0,17; IC 95% 0,048-0,58, log-rank p = 5.3x10-4) em relação àqueles com alta expressão de ERCC1.
 
Da mesma forma, 29 pacientes apresentaram baixos níveis de TS e mediana de sobrevida significativamente maior em comparação com os pacientes com níveis elevados de TS (36,0 vs. 14,8 mo, HR 0,25; IC 95% 0,074-0,82, log-rank p = 0,022).
 
Vinte e dois dos 41 pacientes tinham níveis baixos tanto de ERCC1 como de TS. Desse grupo, 20 (91%) responderam à oxaliplatina, sugerindo que esta deve ser a primeira escolha de tratamento para pacientes com baixa ERCC1 e TS. Os pacientes responderam ao irinotecano à mesma taxa independente dos níveis destes genes. A descoberta sugere que os médicos podem querer selecionar irinotecano como a quimioterapia de primeira escolha para pacientes com níveis altos de TS ou ERCC1. Estes resultados são consistentes com outros estudos que avaliam os papéis de ERCC1 e TS no câncer colorretal metastático.
 
Segundo os autores, o perfil de ERCC1 e TS poderia ajudar os médicos a administrar melhor os pacientes com câncer colorretal metastático, individualizando e otimizando a terapia para intervenções posteriores, como a remoção cirúrgica de tumores metastáticos.
 
"Nosso estudo é pequeno, retrospectivo e todos os pacientes foram localizados em um único centro médico, mas demonstra que é possível a utilização do diagnóstico molecular para identificar subgrupos de pacientes mais propensos a responder a um determinado tratamento," disse o co-primeiro autor John Paul Shen.
 
"Diante dessa prova de princípio, nossa esperança é de que os biomarcadores moleculares sejam incluídos em futuros ensaios clínicos prospectivos em câncer colorretal metastático."
 
A pesquisa foi financiada, em parte, por Arthur Athans em nome de sua esposa, Barbara Mae Athans, pelo National Institutes of Health, Marsha Rivkin Center for Ovarian Cancer Research e Conquer Cancer Foundation da ASCO.
 
Referência: http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0126898

 

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