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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Presente e futuro do tratamento em câncer de pulmão

Pulm__o_News_1_OK.jpgPara o CPNPC, a ressecção cirúrgica continua como tratamento de escolha para a doença localizada, mas a indicação da terapia adjuvante ganha cada vez mais espaço no dia a dia dos consultórios. 

E não é por acaso. Mesmo no estadio clínico 1A (T1N0M0), cerca de 40% dos pacientes com tumor ressecado com margens livres vão morrer em consequência da progressão da neoplasia, principalmente às custas de recidiva sistêmica. Diante de um cenário com resultados ainda tímidos, a estratificação molecular começa a fazer toda a diferença.

“Com a maior compreensão da biologia do tumor em casos selecionados é também possível predizer a sensibilidade da resposta a drogas específicas. Sabemos, por exemplo, que mutações nos genes do receptor do fator de crescimento epidérmico estão relacionadas à evolução clínica favorável em pacientes de câncer de pulmão tratados com inibidores de tirosina-quinase”, ilustra o oncologista da COI, no Rio de Janeiro.

Ele fala com a autoridade de quem participou de dois grandes estudos com o cloridrato de erlotinibe, o Tarceva®, da Roche, a primeira droga-alvo para câncer de pulmão a chegar no Brasil. A AstraZeneca veio logo depois com o gefitinibe (Iressa®), em 2011. Os dois agentes estão em uso no Sistema Único de Saúde para pacientes com mutação positiva do EGFR, mas vencer o mecanismo de resistência ainda é um desafio.

“A partir de 2005, tivemos a aprovação do primeiro alvo molecular para câncer de pulmão, depois da publicação no NEJM do estudo BR21. Alguns anos depois, descobrimos que o que importava era ter a mutação do gene do EGFR em dois exons (19 e 21) e por isso aqueles casos respondiam. Quase 10 anos depois, várias drogas alvo moleculares foram testadas e a maioria foi sepultada, porque descobrimos que não bastava ter o alvo, mas a expressão ou não daquela mutação, a partir de um biomarcador”, descreve.

A grande exceção é o antiangiogênico bevacizumab que apesar de não ter um biomarcador continua fazendo parte de estratégias de tratamento no câncer de pulmão, embora tenha cada vez menos impacto na associação com outras terapias. “Durante anos acreditamos que a angiogênese era um blockbuster para a carcinogênese, e que ao desligar esses mecanismos o tumor morreria, mas isso não aconteceu.

Hoje, outros mecanismos que mantêm a carcinogênese são abordados. O presente e futuro do tratamento é baseado em alvos específicos e drogas dirigidas para aquelas mutações. Hoje, a tecnologia já permite analisar e sequenciar quase 400 genes ao mesmo tempo (next sequence generation) e definir se temos algum tratamento especifico”, conclui.
 


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