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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Aspirina e risco de câncer colorretal

Aspirina_NET_OK.jpgEmbora muitos estudos tenham demonstrado que o uso regular de aspirina e outros antiinflamatórios não-esteróides pode reduzir o risco de câncer colorretal em cerca de 30%, estudo publicado no JAMA mostra uma exceção importante: os antiinflamatórios não-esteróides podem aumentar o risco de câncer colorretal em pessoas com certas variantes genéticas, o que configura mais um passo importante para a medicina de precisão.

Andrew Chan e colegas relataram os resultados de um estudo de interação gene-ambiente que avaliou a associação entre o uso regular de aspirina ou outros agentes antiinflamatórios não-esteróides (AINEs) e o risco de câncer colorretal.

A pesquisa avaliou os resultados de 10 estudos observacionais envolvendo 17.187 pessoas nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Alemanha, todos de ascendência europeia.  Um braço foi constituído de pacientes com câncer colorretal (n=8634) e outro serviu de braço controle (n=8553), ambos selecionados no período de 1976 e 2011. O uso regular de aspirina ou AINEs foi associado com cerca de 17 casos de câncer colorretal por 100.000 pessoas.

Os resultados se revelaram bastante distintos, de acordo com a variação genética, e dois polimorfismos (SNPs) encontrados nos cromossomos 12 e 15 estiveram associados ao risco ampliado para o câncer colorretal. Nesses subgrupos, que compuseram 4% e 9% da amostra, são estimados 34,7 casos adicionais de câncer colorretal por 100.000 pessoas e 21,1 casos adicionais por 100.000, respectivamente.

Significa que para esses indivíduos, a aspirina não traz qualquer efeito protetor e seu uso é profundamente deletério.
Richard Wender, da American Cancer Society e da Thomas Jefferson University, classificou a descoberta de "cientificamente notável". Novos estudos são necessários para reforçar as evidências, mas os resultados realmente podem impactar as recomendações para prevenção do câncer colorretal, que de acordo com as projeções atuais deve matar 49.700 pessoas nos Estados Unidos este ano. No Brasil, dados do INCA estimam 32.600 novos casos em 2015.

O líder da investigação, Andrew Chan, da Harvard Medical School e do Massachusetts General Hospital, diz que a grande mensagem do estudo é a individualização terapêutica. "Os medicamentos não têm os mesmos efeitos em todo o mundo. É importante identificar como distinguir indivíduos que podem se beneficiar, de outros que não terão benefício e, ao contrário, podem ter um risco aumentado", esclarece Chan. "É uma grande prioridade ver como usar a informação genética para direcionar as intervenções preventivas”, diz.

O estudo tem o apoio do Fred Hutchinson Cancer Research Center e do Genetics and Epidemiology of Colorectal Cancer Consortium (GECCO).

Referência: Association of Aspirin and NSAID Use With Risk of Colorectal Cancer According to Genetic Variants - Hongmei Nan et al
 
JAMA, March 17, 2015, Vol 313, No. 11 
 
JAMA. 2015;313(11):1133-1142. doi:10.1001/jama.2015.1815.
 
http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=2203800
 


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