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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

Estudo identifica a chave para o câncer de pâncreas

Les__es_Pancre__ticas_Mayo.jpgPesquisadores da Mayo Clinic em Jacksonville, Flórida, e da Universidade de Oslo, na Noruega, identificaram uma molécula que leva células pancreáticas normais a mudar sua forma, lançando as bases para o desenvolvimento do câncer de pâncreas, um dos tumores mais difíceis de tratar.

A descoberta, publicada na Nature Communications, sugere que a inibição da geneproteína quinase D1 (PKD1) poderia deter a progressão e propagação deste tipo de câncer, e possivelmente até mesmo reverter a transformação.

"Assim que o câncer de pâncreas se desenvolve, ele começa a se espalhar, e a via PKD1 é a chave para ambos os processos. Diante dessa constatação, estamos trabalhando no desenvolvimento de um inibidor de PKD1", diz o co-investigador principal do estudo, Peter Storz, da Mayo Clinic.

"Precisamos de uma nova estratégia para o tratamento, e possivel prevenção do câncer de pâncreas. Compreender um dos principais impulsionadores deste câncer agressivo é um grande passo na direção certa", afirma.

A transdiferenciação de células acinares pancreáticas para um fenótipo ductal (acinar-a-ductalmetaplasia, ADM) ocorre após lesão ou inflamação do pâncreas e é um processo reversível. No entanto, na presença de mutações de ativação Kras ou sinalização persistente do EGFR, células que foram submetidas à ADM podem progredir para neoplasia intraepitelial pancreática (PanINs), e eventualmente, câncer de pâncreas. Em modelos animais transgênicos, a ADM e PanINs são iniciadas por ligações de afinidade elevada para EGFR ou ativação de mutações Kras, mas os mecanismos de sinalização subjacentes não eram bem compreendidos.

Agora, os pesquisadores mostraram que a proteína cinase D1 (PKD1) é suficiente para acionar o processo de reprogramação para um fenótipo ductal e desencadear a progressão para PanINs.

Para testar o efeito da PKD1, os pesquisadores usaram um modelo 3-D de células pancreáticas derivadas de cobaias. Eles manipularam a expressão de PKD1, bloqueando o gene ou induzindo sua atividade. Cerca de uma semana depois de estimular a expressão PKD1, os pesquisadores puderam ver que as células acinares se transformaram em células ductais. O bloqueio do PKD1 levou à diminuição da formação de células ductais e à diminuição das lesões.

"Este é um grande modelo para examinar o que acontece em uma via de sinalização, e podemos ver as mudanças simplesmente utilizando um microscópio. Este modelo nos diz que PKD1 é essencial para a transformação inicial de células acinares para células ductais, que depois podem se tornar cancerosas", diz Storz. "Se pudermos impedir que essa transformação aconteça - ou, talvez, reverter o processo assim que ocorrer - podemos ser capazes de bloquear ou tratar o desenvolvimento do câncer de pâncreas e sua propagação."

O estudo foi financiado pela American Association for Cancer Research (08-20-25-STOR), National Institutes of Health (CA135102, GM86435, CA140182) e Mayo Clinic SPORE for Pancreatic Cancer (P50CA102701).

 

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