Meta-análise publicada no European Journal of Cancer Prevention sugere que as estatinas e a metformina podem ter papel potencial como agentes adjuvantes com benefícios significativos no prognóstico de pacientes com câncer de cólon.
Meta-análise publicada no European Journal of Cancer Prevention sugere que as estatinas e a metformina podem ter papel potencial como agentes adjuvantes com benefícios significativos no prognóstico de pacientes com câncer de cólon.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu aprovação acelerada para lifileucel (Amtagvi®, Iovance Biotherapeutics), uma imunoterapia autóloga de células T derivada de tumor, para pacientes adultos com melanoma irressecável ou metastático previamente tratados com pelo menos uma terapia sistêmica, incluindo um anticorpo inibidor de PD-1, e se mutação BRAF V600 positiva, um inibidor BRAF com ou sem inibidor de MEK.
A adição de elotuzumabe à indução ou consolidação com lenalidomida, bortezomibe e dexametasona (RVd) e à manutenção com lenalidomida não proporcionou benefício clínico em pacientes com mieloma múltiplo recém diagnosticado e elegíveis para transplante. É o que mostram resultados de estudo multicêntrico (GMMG-HD6) publicado no Lancet Haematology.
A realização de atividade física pode proporcionar benefício analgésico, embora esse efeito seja mais estabelecido para dores não oncológicas do que para dores oncológicas. Agora, estudo publicado no periódico Cancer buscou avaliar a relação entre atividade física e resultados de dor em adultos com e sem histórico de câncer.
Estudo de coorte retrospectivo investigou as taxas de hospitalizações e reinternações de pacientes com câncer incurável nos últimos 30 dias de vida e potenciais preditores, para identificar fatores associados à hospitalização nos cuidados de fim de vida. Os resultados estão no BMC Palliative Care (Nature) e convidam a refletir sobre tratamentos fúteis e dispendiosos perto da morte. Carlos Eduardo Paiva (foto), oncologista clínico e paliativista do Hospital de Amor (Hospital de Câncer de Barretos), analisa os resultados.
Homens com sobrepeso/obesidade diagnosticados com câncer de próstata (CaP) e submetidos à vigilância ativa alcançaram com sucesso as metas de perda de peso através de uma intervenção baseada no estilo de vida, mostrando que uma estratégia reprodutível resultou em melhorias nos biomarcadores de regulação da glicose associados à progressão do CaP. Os dados são de estudo randomizado (Prostate Cancer Active Lifestyle Study - PALS) e foram publicados na Cancer. “Quando individualizamos o tratamento e quando existe um programa a ser seguido, os resultados são excelentes”, diz o oncologista Eduardo Zucca (foto), que comenta o estudo.
Em pacientes com mesotelioma pleural não epitelioide, a depleção de arginina com pegargiminase mais quimioterapia demonstrou resultados de sobrevida em comparação com a quimioterapia padrão, com um perfil de segurança manejável. Os resultados são do estudo pivotal de Fase 3 ATOMIC-Meso e foram publicados no JAMA Oncology.
Quais as causas e formas de morte em pacientes com câncer de cabeça e pescoço? Resultados de estudo de coorte retrospectivo sugerem que mais da metade dos pacientes avaliados morreram de causas concorrentes e que a sedação paliativa e a eutanásia foram mais comuns em pacientes com câncer de cabeça e pescoço como causa básica de morte, notadamente entre aqueles com maior nível socioeconômico. Os resultados foram publicados no JAMA Otolaryngology- Head & Neck Surgery.
A agência norte-americana Food and Drug Administration aprovou o tratamento com irinotecano lipossomal (Onivyde®, Ipsen Biopharmaceuticals, Inc.) com oxaliplatina, fluorouracil e leucovorina para o tratamento de primeira linha do adenocarcinoma pancreático metastático. A decisão foi anunciada 13 de fevereiro com base nos resultados de eficácia e segurança do ensaio NAPOLI 3.
Em pacientes com idade <60 ou entre 60 a 69 anos, a nefrectomia parcial no carcinoma de células renais metastático (mRCC) foi associada a menor mortalidade por causas não relacionadas ao câncer. Por outro lado, em pacientes mais velhos (≥ 70 anos), a nefrectomia parcial não foi associada a menor mortalidade por outras causas, como descrevem Siech et al. na Surgical Oncology.
O epidemiologista Adalberto M. Filho (foto), do National Cancer Institute, é coautor de trabalho publicado no periódico Frontiers in Oncology que descreve novos métodos para identificar tendências e padrões por faixa etária, período do calendário e coorte de nascimento que permitam avançar na pesquisa de vigilância do câncer.
Progressos importantes com o desenvolvimento de terapias inovadoras têm marcado o cenário do câncer de mama avançado e 2023 não foi exceção. Artigo de revisão publicado na Breast enfoca os principais avanços apresentados em 2023 e terapias que impactaram a prática clínica, a exemplo dos inibidores da quinase 4/6 dependentes de ciclina (CDK4/6i) na doença metastática HR-positivo e de conjugados anticorpo-droga (ADCs) que têm remodelado o paradigma de tratamento.
A combinação do anti PD-L1 durvalumabe com o inibidor de ATR quinase ceralasertib mostrou benefício clínico em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado que falharam após imunoterapia anti PD-(L)1 e terapia com doublet de platina. É o que apontam resultados do estudo HUDSON de fase 2, relatados por Benjamin Besse (foto) e colegas na Nature, sugerindo que esse regime pode ajudar a superar a resistência imunológica e revigorar a atividade antitumoral.
Em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutação de EGFR e sem tratamento prévio, o tratamento inicial com osimertinibe demonstrou uma menor taxa de progressão cerebral clinicamente significativa em comparação com a abordagem sequencial, mas foi observada uma sobrevida global comparável com ambas as estratégias de tratamento. Os resultados do estudo randomizado de Fase 2 APPLE foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO).
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu a Consulta Pública nº 125 para avaliar a incorporação de osimertinibe (Tagrisso®) no tratamento adjuvante com intenção curativa para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação do EGFR atendidos pelo sistema privado de saúde. A Consulta Pública fica aberta até 28 de fevereiro e para participar basta acessar o link: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/consultas-publicas/consulta-publica-125.
O modelo de machine learning COLOXIS é preditivo dos benefícios da oxaliplatina no cenário do tratamento adjuvante do câncer colorretal. Os resultados fornecem evidências para uma mudança no tratamento adjuvante da doença, reservando a oxaliplatina apenas para pacientes COLOXIS+, que se beneficiariam do tratamento. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO).
Marcelo A. Soares (foto), do Programa de Oncovirologia do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é autor sênior de estudo que comparou quatro metodologias para detecção e genotipagem do papilomavírus humano (HPV) e destaca como essa caracterização é uma ferramenta importante no rastreio e prevenção do câncer. A pesquisadora Juliana Domett Siqueira é a primeira autora do trabalho.
Artigo de Matteo et al. no Journal of Clinical Oncology mostra que olaparibe melhorou os resultados versus abiraterona ou enzalutamida no câncer de próstata metastático resistente a castração (mCRPC) em pacientes com mutações nos genes BRCA e progressão da doença após tratamento com agente hormonal de próxima geração. Os dados são de análise do estudo PROfound e evidenciam benefício significativo de olaparibe na sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) e sobrevida global (SG) em relação aos controles.
Estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo relatado na Nutrition and Cancer buscou avaliar a associação entre a razão neutrófilo-linfócito (NLR) e a razão plaqueta-linfócito (PLR) com fatores sociodemográficos, clínicos, antropométricos e de qualidade de vida de mulheres hospitalizadas com câncer de mama não metastático. “Nosso estudo revelou alto risco para as participantes com valores médios elevados de NLR e PLR, indicando baixa atividade antitumoral e pior prognóstico”, analisam. O trabalho tem como autor sênior o pesquisador Luís Carlos Lopes-Júnior (foto), líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Oncologia – GEPONC.
Estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, sugere que a microbiota intestinal pode ser um potencial alvo preventivo para reduzir a toxicidade induzida pela quimioterapia.
A farmacêutica Janssen enviou à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) pedido para ampliar a indicação de amivantamabe (RYBREVANT®), em combinação com lazertinibe, para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação de EGFR. A submissão é apoiada nos dados do estudo MARIPOSA, que mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo dessa combinação na sobrevida livre de progressão em pacientes com CPCNP avançado com mutação de EGFR.