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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 4pm

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Daichii Sankyo

 

Efeito negativo da incidência de doenças crônicas no PIB brasileiro até 2030

FIESP_Sa__de_NET_OK.jpgA Conferência ‘Impactos da Saúde na Produtividade’, promovida pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos em Brasília no dia 10 de dezembro de 2015, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), irá apresentar estudos a respeito do impacto das doenças crônicas no PIB brasileiro e promover debate sobre políticas públicas para lidar com a questão.

O envelhecimento da população e o aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são desafios que atingem, de maneira diversa, todos os países. Esses fatores levam à diminuição da população economicamente ativa e afetam a saúde do trabalhador.
 
Para entender melhor essa tendência, o Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Seção Americana) recomendou a participação do Brasil no conjunto de estudos "O Impacto da Saúde na Frequência e Produtividade da Força de Trabalho em 12 Países". Realizado pela Universidade de Victoria, uma das universidades públicas mais tradicionais da Austrália, as pesquisas estimam que no caso do Brasil, as perdas totalizarão 8,7% do PIB em 2030.
 
Os estudos liderados pelo professor Bruce Rasmussen, apresentam as implicações econômicas geradas pelo cruzamento do processo de envelhecimento da força de trabalho e da mudança de perfil epidemiológico marcada pelo agravamento das doenças crônicas. São considerados apenas custos passíveis de impactar diretamente o PIB, como perdas devidas à aposentadoria precoce, faltas não programadas do empregado (absenteísmo) e perda da produtividade durante a jornada de trabalho (presenteísmo).
 
Os dados revelam que, apesar de apresentarem circunstâncias muito diferentes, a maioria dos países enfrenta desafios comuns: envelhecimento da população, alta prevalência de DCNT e elevada presença de fatores de risco que contribuem para a incidência futura dessas doenças. Em 1980, a proporção da população economicamente ativa acima de 45 anos no Brasil era de apenas 16%. No período até 2015, o Brasil apresentou um aumento de 13% nesse índice, tornando-se o país mais "velho" entre os latino-americanos estudados. Espera-se que esse índice alcance 39% até 2030, maior taxa de crescimento entre os onze países selecionados.
 
Os estudos avaliam ainda os impactos combinados do envelhecimento demográfico e das doenças crônicas na capacidade de trabalhar antes da idade mínima para se aposentar. Os custos econômicos relativos à aposentadoria precoce estão estimados entre 2-4% do PIB por ano para o grupo de países selecionados. Proporcionalmente ao PIB, o Brasil lidera o ranking entre os países latinos selecionados: são 2,4% do PIB em 2015, com projeções de 2,9% para 2030.
 
Considerando que o Brasil investe 3,4% do PIB em saúde pública, segundo a Fiocruz, e os fatos trazidos pela pesquisa do professor Rasmussen, é importante que o setor de saúde seja compreendido como fator de desenvolvimento e, portanto, como área prioritária que demanda recursos consistentes, suficientes e eficientes.
 
 

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