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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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MRI ou biopsia padrão no diagnóstico do câncer de próstata

Lucas Nogueira SBU MG NET OK 2A ressonância magnética multiparamétrica (MRIm) vem se firmando como importante ferramenta na avaliação dos pacientes com suspeita de câncer de próstata (CaP), com papel tanto na identificação de indivíduos com suspeita de doença clinicamente significante quanto na orientação de áreas suspeitas para serem acessadas durante realização da biopsia transretal guiada por ultrassonografia seja por fusão cognitiva ou através de software. No entanto, a evidência comparativa é limitada, como aponta estudo publicado no New England Journal of Medicine, disponível em acesso aberto. O médico Lucas Nogueira (foto), coordenador de Oncologia Urológica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), comenta o estudo.

 

Neste estudo randomizado de não inferioridade, os pesquisadores compararam a acurácia da abordagem utilizando MRIm seguido de biopsia em casos de identificação de áreas suspeitas com a técnica randomizada padrão, guiada por ultrassonografia transretal, em homens com suspeita clínica de câncer de próstata.Os desfeixos primário e secundário foram a proporção de diagnóstico de doença clinicamente significante e insignificante nos diferentes grupos, respectivamente.

Foram avaliados 500 homens, randomizados 1:1 para receber biópsia randomizada padrão ou por MRI multiparamétrica. Em caso de área suspeita na MRIm (PIRADS 3/4/5), era realizada biopsia desta região. Um total de 28% dos pacientes do grupo MRIm não apresentaram áreas suspeitas na imagem, não sendo realizada a biopsia. Câncer clinicamente significativo foi detectado em 38% e 26% do grupo MRIm e padrão, respectivamente.

A ressonância magnética, com ou sem biópsia direcionada, não foi inferior à biópsia padrão por ultrassonografia transretal, e o intervalo de confiança de 95% indicou a superioridade dessa estratégia em relação à biópsia padrão. Menos homens no grupo de biópsia guiada por MRI receberam um diagnóstico de câncer clinicamente insignificante (diferença ajustada, -13 pontos percentuais, IC 95%, -19 a -7, P <0,001) em relação ao grupo submetido à biópsia padrão.

Índices de qualidade de vida foram similares em ambos os grupos.

Para os autores, os resultados demonstraram que o uso de avaliação de risco com ressonância magnética multiparamétrica antes da biópsia, assim como a biópsia com MRI foi superior à biópsia padrão por ecografia transretal em homens com risco clínico de câncer de próstata.

Estes dados demonstram a maior acurácia na detecção de doença clinicamente significante com a utilização da MRIm na seleção de pacientes e direcionamento de áreas onde deve ser realizada a biopsia, além de evitar o procedimento naqueles com menor risco (28% no presente estudo).

O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde dos Estados Unidos e pela Associação Europeia de Pesquisa de Urologia (ClinicalTrials.gov, NCT02380027.)

Referências: MRI-Targeted or Standard Biopsy for Prostate-Cancer Diagnosis - V. Kasivisvanathan and Others - DOI: 10.1056/NEJMoa1801993

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