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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 3pm

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Daichii Sankyo

 

Coberturas Especiais

Resistência à privação androgênica no tratamento hormonal adjuvante

Jeffrey_karnes_NET_OK.jpgO desenvolvimento e validação de uma assinatura de resistência à terapia de privação androgênica (ADT) para prever resposta ao tratamento hormonal adjuvante foi tema da apresentação de Jeffrey Karnes (foto), da Mayo Clinic, durante o 2016 Geniturinary Cancers Symposium.

A ADT é uma das principais opções de tratamento para o câncer de próstata localmente avançado e metastático. O câncer de próstata neuroendócrino (NEPC) é inerentemente menos sensível ou até mesmo resistente à ADT.
 
A hipótese levantada por Karnes e colegas é de que uma assinatura da expressão do gene de NEPC medida em amostras de tumor primário de adenocarcinoma da próstata pode ser útil para prever pacientes com resistência inata à ADT. 

Métodos 

Os pesquisadores selecionaram os perfis de expressão de 1023 pacientes com câncer de próstata tratados com prostatectomia radical, a partir da base de dados Decipher GRID. Os pacientes foram randomizados em dois braços, de treinamento (n=529) e validação (n=494), e estratificados pelo protocolo de tratamento com ADT adjuvante (n=243) ou não tratados com terapia de privação hormonal adjuvante (n=780).
 
Uma revisão da literatura sobre resistência à ADT e genes neuroendócrinos identificou 1.557 genes como candidatos. Este conjunto foi ainda filtrado, através de regressão logística, para selecionar uma assinatura de 52 genes de resistência ao ADT (ARS).
 
Índices de concordância (C-index) e estimativas de Kaplan Meier foram utilizados para comparar as diferenças de sobrevida entre os pacientes tratados e não tratados com altos e baixos escores de assinatura de resistência à ADT. 

Resultados 

Em coortes de validação, a ARS foi preditiva de metástases em coortes que receberam ADT adjuvante (c-index de sobrevida livre de metástases 0,69 (95% CI 0,59-0,78), em comparação com 0,45 (95% CI 0,29-0,61) em pacientes não tratados com ADT.
 
Da mesma forma, em uma coorte separada de pacientes não tratados, ARS não foi prognóstico (c-index0,53). Entre os pacientes tratados com ADT, aqueles com baixos scores de ARS tinham sobrevida livre de metástase em 10 anos de 87%, contra 70% naqueles com altos scores ARS (p <0,001).
 
No subgrupo de homens que receberam ADT após o início das metástases e que desenvolveram câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRC, n=41), o tempo médio para falha ao tratamento foi de 1 ano em pacientes com altos scores de ARS em comparação com 2 anos para aqueles com baixos scores de ARS (p=0,07).
 
Os autores concluíram que a assinatura de resistência ao ADT de 52 genes mostrou diferenças significativas na sobrevida livre de metástases entre pacientes tratados com hormônio adjuvante, mas não em pacientes não tratados.
 
Referência: Development and validation of an ADT resistance signature to predict adjuvant hormone treatment failure - J ClinOncol 34, 2016 (suppl 2S; abstr 106)
 

 

 
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