28032024Qui
AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Coberturas Especiais

ASCO GI: Netter -1

Intestino_Medio_NET_OK.jpgO Netter-1 é um estudo de fase 2 destinado a pacientes com diagnóstico de tumores neuroendócrinos de intestino médio que progrediram em vigência do tratamento com análogo de somatostatina. Fabio Kater, médico do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, comenta os resultados.

Duzentos e vinte e nove pacientes foram randomizados entre manter o análogo em uma dose maior ou receber análogo combinado a Lutecio -177 por 4 doses em intervalos de 8 semanas. Os pacientes precisavam ter tumores captantes a partir de uma cintilografia com análogo de somatostatina. A maior parte dos tumores era de íleo (75%) e o principal sítio de metástase era o fígado. O objetivo primário do estudo era sobrevida livre de progressão.
 
O tratamento com Lutécio proporcionou uma redução do risco de progressão de 79% ( HR= 21), com sobrevida livre de progressão mediana de 8,4 meses para o análogo simples versus aproximadamente 40 meses no braço de Lutécio. A taxa de resposta foi de 18% versus 3 % e os dados de sobrevida global não estavam maduros no momento da apresentação.
 
Em relação à toxicidade, 77% dos pacientes completaram os 4 ciclos de Lutécio. Eventos adversos sérios foram reportados de maneira semelhante entre os braços. Não houve excesso de mielossupressão, disfunção hepática ou renal.
 
O uso de conjugados sempre foi motivo de debate, uma vez que a evidência era sempre a partir de estudos de fase 2 ou experiência do serviço. Trata-se de estudo randomizado destinado à avaliação dos conjugados versus análogos, mostrando vantagem destes em relação ao análogo.
 
Como poder do estudo, destacamos a seleção de pacientes com tumores de intestino médio, graus 1 e 2 (revistos centralmente) e que mostrou uma significante taxa de resposta e um potencial ganho de sobrevida, apesar dos dados não estarem maduros. Além de tudo, os dados de segurança não diferiram entre os dois grupos
Até o presente momento, tínhamos os PROMID e o CLARINET como os estudos randomizados para tumores neuroendócrinos. Ambos comparavam octeotride e lanreotide contra placebo, o que não é exatamente um tratamento.
 
Outro dado positivo se deve ao fato dos pacientes estarem sabidamente em progressão. No estudo PROMID, o status da doença era desconhecido e no estudo CLARINET os pacientes apresentam doença estável, o que pode ter selecionado os pacientes para os resultados positivos encontrados.
 
Como dados limitantes, temos um baixo número de pacientes em progressão no momento da análise, a taxa de doença estável semelhante em ambos os braços (66% e 62%) e o fato de usar o análogo em dose dobrada para pacientes em progressão ao análogo, como braço controle. Cabe o espaço de utilizar um comparador com drogas mais modernas, como everolimus ou sunitinibe.

 

 
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