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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GI 2022

CAMILLA CRC: Cabozantinibe e Durvalumabe em pacientes com câncer colorretal avançado refratários à quimioterapia

rivadavio 22 bxEstudos pré-clínicos e clínicos em vários tumores sólidos demonstraram atividade imunomoduladora favorável do anti-VEGFR2/MET/AXL com amplo espectro inibitório de multiquinases cabozantibe, com sinergia clínica observada quando combinado com inibidores de PD-1/PD-L1. Agora, no ASCO GI 2022 foram apresentados os resultados do estudo FASE II da coorte colorretal do basket trial gastrointestinal de fase Ib CAMILLA. “CAMILLA é um estudo basket fase Ib/II que avalia cabozantinibe em combinação com durvalumabe com ou sem tremelimumabe em pacientes com câncer avançado gastroesofágico e gastrointestinal”, esclarece o oncologista Rivadávio Antunes de Oliveira (foto), coordenador da residência médica do Hospital do Câncer de Londrina.

Os pacientes incluídos nesta coorte receberam cabozantinibe + durvalumabe no RP2D de 40mg QD e 1500mg IV Q4W, respectivamente. Os pacientes deveriam ter progredido em 2 ou mais linhas de terapia. A medida primária de eficácia foi a taxa de resposta global (ORR) avaliada pelo investigador e os resultados secundários foram a taxa de eventos adversos relacionados ao tratamento (TRAE), a taxa de controle da doença avaliada pelo investigador (DCR), a sobrevida livre de progressão (SLP) e a sobrevida global (SG).

A análise de subgrupo foi realizada em pacientes com tumores RAS do tipo selvagem. A análise exploratória das alterações patogênicas moleculares do tumor usando sequenciamento de próxima geração (NGS) foi realizada em pacientes que obtiveram resposta parcial confirmada (PRc)/doença estável (SD) > 6 meses.

Resultados

Dos 36 pacientes incluídos, 29 (16 mulheres, 13 homens) foram avaliados quanto à eficácia. A mediana de idade foi 57 anos (27-76). 90% (26) tinham ECOG 1. Todos tinham mismatch repair proficente/estabilidade de microssatélites (pMMR/MSS), 41% (12) tinham tumores RAS selvagem e 6,9% (2) tinham amplificação de HER2. 52% (15) receberam ≥ 3 linhas de terapia, todos tinham metástases em ≥ 3 locais, sendo 79% (23) metástases no fígado.

Oliveira observa que o status do mismatch repair e da instabilidade microssatélite são considerados fatores prognósticos no CCR e podem impactar nas decisões do tratamento. “Pacientes com CCR metastático pMMR/MSS tendem a ter uma pior resposta à inibidores de checkpoint imunes; ou seja, estratégias de tratamento alternativas são necessárias”, diz.

Entre 36 pacientes avaliados para segurança, eventos adversos graves relacionados ao tratamento (SAEs) ocorreram em 31% (11/36). Os eventos adversos relacionados ao tratamento (TRAEs) mais comuns foram de grau 1-2: fadiga (53%), náusea (42%), diarreia (36%), anorexia (31%), síndrome mão-pé (22%) e hipertensão (16%). Eventos adversos relacionados ao sistema imunológico de grau ≥ 3 (IRAE) ocorreram em 16,6% (6/36). A análise de eficácia revelou um ORR de 27,6% (8/29); resposta parcial confirmada (PRc) 21% (6/29); e taxa de controle de doença (DCR) 86,2% (25/29); a mediana de duração de resposta (DOR) não foi atingida (NR); A mediana de SLP foi de 4,4 meses; com mediana de SLP em 6 meses de 28% e mediana de sobrevida global de 9,1 meses.

No subgrupo RAS selvagem, ORR (PRc) foi de 50,0%; DCR 83,3%; mediana SLP 6,3 meses e a mediana de SG não foi alcançada. Dos 7 pacientes que alcançaram PRc/SD > 6 meses, um tinha mutação tumoral KRAS G12V juntamente com mutações em ARID1A & IDH1. O restante dos pacientes apresentava tumores RAS selvagem e, entre esses, foram detectadas as seguintes alterações NGS: 1 amplificação de HER-2, 1 amplificação de MET e 2 alterações em ATM.

Em conclusão, cabozantinibe + durvalumabe demonstraram eficácia promissora e foram razoavelmente bem tolerados sem novos sinais de segurança em pacientes com câncer colorretal (CCR) pMMR/MSS fortemente tratados. “Após a progressão de doença, seguido de um tratamento prévio, pacientes com CCR avançado, principalmente aqueles após a segunda linha, estão em necessidade de opções de tratamentos adicionais efetivos que possam realmente ajudar ao controle de doença”, afirma Oliveira. “Alguns resultados preliminares são realmente bastante interessantes e provocativos. Esperamos em um futuro próximo dados mais maduros deste estudo para que possamos de fato mudar o âmbito no cenário de linhas posteriores no CCR”, conclui.

Informação do ensaio clínico: NCT03539822. 

Referência: Phase II trial of cabozantinib (Cabo) plus durvalumab (Durva) in chemotherapy refractory patients with advanced mismatch repair proficient/microsatellite stable (pMMR/MSS) colorectal cancer (CRC): CAMILLA CRC cohort results.
First Author: Anwaar Saeed, MD
Meeting: 2022 ASCO Gastrointestinal Cancers Symposium
Session Type: Poster Session
Session Title: Poster Session C: Cancers of the Colon, Rectum, and Anus
Track: Colorectal Cancer
Subtrack: Therapeutics
Abstract #: 135
Clinical Trial Registry Number: NCT03539822
DOI: 10.1200/JCO.2022.40.4_suppl.135

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