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AtualizadoQua, 24 Abr 2024 1pm

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Daichii Sankyo

 

2022

Sequenciamento do tratamento de pacientes com câncer de pâncreas avançado

ana victorinoA oncologista Ana Paula Victorino (foto) é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em pôster no ESMO GI 2022 que analisa os resultados dos diferentes regimes de sequenciamento do tratamento de pacientes com câncer de pâncreas avançado no Americas Centro de Oncologia Integrado.

“O tratamento de primeira linha no câncer de pâncreas avançado (PAC) é bem estabelecido por estudos de fase III, com protocolos FOLFIRINOX (FF) e gencitabina/nab-paclitaxel (GN). Não há fase III especificando o sequenciamento ideal após a progressão da doença. O uso de nabpaclitaxel foi aprovado no Brasil para o tratamento da doença avançada em 2017 e não há aprovação para irinotecano lipossomal”, esclarecem os autores.

Esta coorte retrospectiva foi realizada a partir do banco de dados de pacientes atendidos com quimioterapia para câncer de pâncreas avançado no Américas Oncologia, Rio de Janeiro, entre junho de 2017 e janeiro de 2021. O desfecho primário foi a avaliação do sequenciamento do tratamento e sobrevida global.

Resultados

Foram analisados ​​116 pacientes com seguimento médio de 10 meses. A mediana de idade ao diagnóstico foi de 64,6 anos; 52,6% eram do sexo masculino e cerca de 90% tinham performance status (PS) 2 - HR 0,30; 95% CI 0,17-0,54; p 2 linhas. Pacientes submetidos a menos linhas de tratamento tinham índice de massa corporal mais baixo (10,4% tinham IMC < 18,9 vs 5%), idade mais jovem (62,5% vs 80% menores de 70 anos) e pior performance status (88% vs 95% PS 0-1).

Os protocolos de sequenciamento de tratamento mais comuns foram: 56% com protocolos de fluorouracil seguido de combinação de gencitabina (sequência 1), 28% com combinação de gencitabina seguida de protocolos com fluorouracil (sequência 2) e 16% protocolos com fluorouracil seguido de gencitabina isolada (sequência 3). A mediana de sobrevida global foi significativamente inferior na sequência 3 (HR 4,24; 95% CI 1,52-11,8; p=0,006), sem diferenças entre 1 e 2 sequências, independentemente da idade, IMC e sobrevida global na primeira linha (HR 5,51; 95% CI 1,80-16,9; p = 0,0030).

Quatorze pacientes foram reexpostos a linhas prévias interrompidas pela progressão da doença. A mediana de sobrevida global para esses pacientes foi de 25 meses. A maioria protocolos prescritos foram FF (70%) e GN (25%). A análise univariada não encontrou fatores preditivos significativos.

“Folfirinox foi o tratamento mais usado em primeira linha, não sendo observada diferença em sobrevida global em relação à gencitabina e nabpaclitaxel. “Gemcitabina isolada em segunda linha levou aos piores resultados em sobrevida global, e o rechallenge de quimioterapia levou aos melhores desfechos”, concluíram os autores.

O estudo foi financiado pelo Instituto COI.

Referência: P-299 Real-world assessment of treatment sequencing of patients with advanced pancreatic cancer in a private practice in Rio de Janeiro, Brazil (Americas Oncologia RJ) - A. Victorino1, T. Freitas2 1 Instituto Clinicas Oncologicas Integradas, Rio de Janeiro, Brazil; 2 Americas Oncologia, Rio de Janeiro, Brazil

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