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AtualizadoQua, 24 Abr 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

2022

Biópsia líquida e desfecho clínico no adenocarcinoma de apêndice

biopsia liquida 2019 bxEstudo do MD Anderson Cancer Center apresentado no ESMO GI 2022 avaliou o DNA tumoral circulante (ctDNA) no adenocarcinoma de apêndice, analisando prevalência, preditores e correlação com desfecho clínico. Os resultados apresentados por Fadl Zeinedinne mostram que o  ctDNA detectável foi um fator de risco para recorrência e associado a pior sobrevida.

O adenocarcinoma de apêndice (AA) é um câncer raro e heterogêneo com diferenças marcantes no curso clínico entre tumores de baixo grau. Ao contrário do câncer colorretal (CCR) e outras malignidades gastrointestinais, o adenocarcinoma de apêndice virtualmente nunca apresenta metástases hematogênicas, em vez disso, a metástase é limitada ao peritônio.

Nesta análise, Zeineddine et al. avaliaram o valor preditivo de ctDNA detectável (ctDNA positivo) e quais características clínicas, patológicas ou moleculares predizem ctDNA positivo.

Foram consideradas 69 amostras de sangue de 63 pacientes com AA com metástase de peritônio, sequenciadas por um painel de 73 genes aprovado pela CLIA (Guardant 360) como parte da prática clínica de rotina. O sequenciamento pareado do tumor estava disponível para 23 pacientes para permitir o teste de concordância.

Resultados

Zeineddine e colegas descrevem que das 69 amostras de ctDNA, 43 foram coletadas no contexto de doença metastática radiograficamente aparente. Destas, apenas 12 (27,9%) tinham qualquer mutação detectável, enquanto 31 (72,1%) não tinham ctDNA detectável. Tumores de alto grau foram mais propensos a ter ctDNA mensurável com taxas de detecção de 3/16 (18,7%), 4/15 (26,7%) e 5/12 (41,7%) para tumores bem, moderadamente e pouco diferenciados, respectivamente. O ctDNA detectável foi associado a pior sobrevida global (29,4 meses para ctDNA positivo versus ainda não alcançado para ctDNA negativo, HR = 4,7, p = 0,02). Embora não tenha poder para análise de subgrupo, essa associação parece valer para tumores de baixo e alto grau (HR 4,4 e 2,8 respectivamente).

Quando considerada estritamente a análise dos 23 pacientes com amostras de tecido e sangue pareadas e 72 genes sequenciados em ambos, das 44 mutações detectadas no tumor apenas 3 (GNAS, KRAS e TP53) foram detectadas no sangue (sensibilidade de 6,8%). Seis mutações (BRCA1, KIT, KRAS e TP53) foram observadas no sangue, mas não no tecido, o que segundo os pesquisadores pode representar hematopoiese clonal ou mutações somáticas perdidas no sequenciamento de tecido.

No geral, o estudo mostra que a sensibilidade da detecção de ctDNA no AA metastático foi marcadamente menor do que a observada em uma coorte de 274 pacientes com CCR metastático da mesma instituição (288/581 = 49,6%). 26 pacientes AA sem evidência de doença clínica ou radiográfica após citorredução completa fizeram o teste de DNA. Dos 26, sete tiveram ctDNA positivo (26,9%), enquanto 19 foram negativos (73%). Tumores de alto grau foram mais propensos a ter ctDNA detectável com taxas de detecção de 2/12 (16,7%), 2/9 (22,2%) e 3/7 (43%) para tumores bem, moderadamente e mal diferenciados, respectivamente. O ctDNA detectável foi um fator de risco para recorrência (5/7, 71,4% ctDNA detectável vs. 5/19, 26,3% indetectável, HR=4,5, p=0,007). Quando analisados estritamente os pacientes de alto grau, os três com ctDNA detectável tiveram duração mediana marcadamente menor para recorrência (4,0 vs. 26,9 meses, HR = 3,8, p = 0,13).

A presença de ctDNA detectável foi associada a pior sobrevida e aumento do risco de recaída em pacientes sem evidência de doença. Em síntese, o desenvolvimento de ensaios de ctDNA mais sensíveis pode melhorar a detecção de ctDNA no adenocarcinoma de apêndice.

Referência: SO-40 - Measurement of circulating tumor DNA (ctDNA) inappendiceal adenocarcinoma (AA): Prevalence, predictors,and correlation with clinical outcome - M.A. Zeineddine et al, The University of Texas MD Anderson Cancer Center, Houston, United States

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