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2022

FOLFIRI ou FOLFOX na segunda linha do trato biliar avançado

marcos tiago matheusMatheus Balarine, Tiago Cordeiro Felismino e Marcos Camandaroba (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, assinam estudo aceito no programa do ESMO GI 2022 que discute o cenário de segunda linha no tratamento do colangiocarcinoma avançado.

O colangiocarcinoma (CCA) é uma neoplasia maligna rara, responsável globalmente por 3% dos casos de câncer do trato gastrointestinal superior. Apesar dos avanços recentes no tratamento de primeira linha, com ganhos na sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) com associação de imunoterapia, outras linhas de tratamento ainda estão sub-representadas nos grandes ensaios clínicos randomizados, analisam os autores. Os dados mais robustos no tratamento de segunda linha são de estudo randomizado de Fase 3 (ABC-06 trial), que estabeleceu 5-Fluorouracil e Oxaliplatina (FOLFOX) versus controle ativo de sintomas como a melhor opção de tratamento.

Neste estudo retrospectivo de centro único, Balarine e colegas avaliaram retrospectivamente pacientes com colangiocarcinoma metastático ou irressecável tratados com Cisplatina e Gencitabina no cenário de primeira linha, posteriormente expostos à segunda linha de tratamento com 5-fluorouracil e Irinotecano (FOLFIRI) ou FOLFOX. O endpoint primário foi sobrevida global; endpoints secundários incluíram SLP e análise de toxicidade. 

Resultados

De novembro de 2020 a dezembro de 2021, os autores descrevem que 103 pacientes com CCA foram incluídos na base de dados da instituição, tratados no cenário de primeira linha com Gencitabina e Cisplatina. Entre eles, 67 (65%) pacientes receberam tratamento de segunda linha após a progressão da doença, sendo 25 (29,9%) tratados com FOLFIRI e 26 (38,8%) com FOLFOX. A mediana de tratamento foi de 5 ciclos (Intervalo Interquartil [IQR] 2 e 8) no grupo FOLFOX e 4 (IQR 2 e 9) no grupo FOLFIRI.

Em relação à segurança, quando considerados eventos adversos de graus 3 e 4 não houve diferença entre o grupo FOLFOX (n = 16; 61,5%) versus (vs) FOLFIRI (n = 14; 56%, p = 0,688). Em um acompanhamento mediano de 45,5 meses, a SG mediana foi de 8 meses (intervalo de confiança [IC] 95% 3,31 e 12,68) no grupo FOLFIRI vs 5 meses (IC 95% 0,68 e 9,32; p= 0,259) no grupo FOLFOX. Na análise de Cox para SG, pacientes com doença resistente/refratária à quimioterapia baseada em platina tiveram pior resultado com Hazard Ratio 2,58 (IC 95% 1,35 e 4,92) p=0,004.

“Apesar das limitações do estudo retrospectivo de centro único, a análise mostra que FOLFIRI pode ser um tratamento seguro de segunda linha para colangiocarcinoma”, concluem os autores. 

Referência: P-52 - FOLFIRI or FOLFOX in second line of advanced biliary tract cancer: A retrospective analysis - Balarine, M et al.

 

 
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