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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

2022

Everolimus na adjuvância do carcinoma de células renais de alto risco

rim2Pacientes submetidos à ressecção de carcinoma de células renais com intenção curativa permanecem em risco de recidiva da doença. Estudo randomizado de Fase III destacado em sessão oral no ASCO 2022 buscou determinar o efeito do tratamento adjuvante com o inibidor de mTOR everolimus nessa população. Os resultados mostram que everolimus adjuvante melhorou a sobrevida livre de recorrência após nefrectomia, mas não atingiu significância estatística.

Neste estudo, foram inscritos pacientes com carcinoma de células renais (CCR) sem tratamento prévio, não metastático e totalmente ressecado, em risco intermediário alto (pT1 G3-4 N0 a pT3a G1-2 N0) ou muito alto (pT3a G3-4 a pT4 G-qualquer ou N+) de recorrência. Os pacientes elegíveis foram randomizados 1:1 para EVE 10 mg diariamente x 54 semanas ou placebo (PB) dentro de 12 semanas da nefrectomia radical ou parcial. A randomização foi estratificada por grupo de risco, histologia (células claras versus não claras) e status de desempenho (0 versus 1). O endpoint primário foi a sobrevida livre de recorrência (RFS, do inglês recurrence free survival); endpoints secundários incluíram sobrevida global (SG) e eventos adversos (EAs).

Resultados

Entre 04/2011 e 09/2016, foram randomizados 1.545 pacientes para EVE (n = 775) ou PB (n = 770). As características dos pacientes incluíram: risco intermediário alto/muito alto 45%/55%; células claras/células não claras 83%/17%. No momento da análise final (23/02/2022) ocorreram 556 eventos de sobrevida livre de recorrência entre 1.499 pacientes elegíveis. A mediana de seguimento foi de 76 meses. A RFS foi melhorada com EVE vs. PB (HR 0,85, IC 95%, 0,72 – 1,00; P1-lateral = 0,0246), perdendo por pouco o nível de significância unilateral pré-especificado de 0,022.

A mediana de RFS não foi alcançada; a estimativa de RFS em 6 anos foi de 64% para EVE e de 61% para PB. Os autores descrevem que a melhora da RFS com EVE vs. PB foi observada no grupo de risco muito alto (HR 0,79, 95% 0,65-0,97; lado P1 = 0,011), mas não no grupo de risco intermediário (HR 0,99, IC 95% 0,73- 1,35, P1-sided = 0,48) (P para interação = 0,22).

A sobrevida global foi semelhante entre os braços (HR 0,90, IC 95%, 0,71 – 1,13; P1-sided = 0,178), com 290 mortes. Menos pacientes completaram todas as 54 semanas de tratamento do estudo no grupo EVE (45% v 69%). No grupo EVE, 37% desistiram devido a EAs (vs 5% no braço PB). EAs de grau 3-4 ocorreram em 46% dos pacientes tratados com EVE e em 11% dos que receberam PB. Os EAs de grau 3-4 mais comuns foram mucosite (14% vs 0%), hipertrigliceridemia (11% vs. 2%) e hiperglicemia (5% vs. 0%).

Em conclusão, os autores apontam que EVE adjuvante melhorou a RFS em pacientes com câncer renal após nefrectomia, mas o nível de significância nominal não foi alcançado. A melhora da RFS foi observada apesar da alta taxa de descontinuação precoce do tratamento. Melhora de 21% na RFS com EVE foi observada em pacientes com doença de muito alto risco, um grupo para o qual a terapia adjuvante pode ser mais relevante, destacam os autores.

Referência: EVEREST: Everolimus for renal cancer ensuing surgical therapy—A phase III study (SWOG S0931, NCT01120249).
First Author: Christopher W. Ryan, MD
Meeting: 2022 ASCO Annual Meeting
Session Type: Oral Abstract Session
Session Title: Genitourinary Cancer—Kidney and Bladder
Track: Genitourinary Cancer—Kidney and Bladder
Subtrack: Kidney Cancer
Abstract #: LBA4500
Clinical Trial Registry Number: NCT01120249
Citation: DOI:10.1200/JCO.2022.40.17_suppl.LBA4500

 
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