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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Coberturas Especiais

ASTRO 2019: SABR no câncer de próstata oligometastático

Prostata 2018 2 NET OKSelecionado para apresentação oral na 61ª ASTRO, o estudo randomizado de fase II ORIOLE sugere que a radioterapia ablativa estereotática (SABR) é uma opção eficaz e segura para pacientes com câncer de próstata oligometastático que desejam adiar a terapia de supressão hormonal (LBA 3). “ORIOLE é o terceiro estudo de fase II que mostra benefício do tratamento de oligometástases em pacientes com adenocarcinoma de próstata”, afirma o rádio-oncologista Bernardo Salvajoli, médico do HCOR-Onco e do ICESP.

Neste estudo foram inscritos 54 homens com câncer de próstata oligometastático recorrente e sensível a hormônios, estratificados de acordo com o tratamento primário, tempo de duplicação do PSA e terapia prévia de privação androgênica. Os pacientes foram randomizados 2: 1 para observação e nenhum tratamento adicional por 6 meses ou para receber radioterapia ablativa estereotática (SABR) nas metástases fora da próstata. O endpoint primário foi progressão aos 6 meses por PSA, imagem convencional (RECIST 1.1) ou declínio sintomático.

Resultados

Seis meses após a randomização, a progressão foi observada em 19% dos pacientes tratados com SABR vs 61% daqueles no grupo de observação (P = 0,005). A sobrevida livre de progressão mediana (SLP) foi de 5,8 meses no grupo de observação (taxa de risco = 0,30, P = 0,002) vs não alcançada para aqueles tratados com SABR.

Os pacientes designados para o braço SABR (n = 36) receberam radiação para todas as lesões detectadas por imagem convencional. No entanto, eles também foram submetidos a PET/PSMA antes e 180 dias após o tratamento. Os exames de PET/PSMA mostraram que pacientes sem lesões adicionais no baseline tiveram probabilidade significativamente menor de desenvolver novas lesões metastáticas em 6 meses (16% vs 63%, P = 0,006) do que aqueles cujo PET PSMA mostrava pelo menos uma lesão adicional no baseline.

Os pacientes com consolidação total das lesões também tiveram SLP mediana mais longa (não alcançada vs 11,8 meses, P = 0,003), assim como maior sobrevida livre de metástase à distância (29 vs 6 meses, P = 0,0008).

Em comunicado à imprensa, o principal pesquisador do estudo, Phuoc Tran, da Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, declarou que o tratamento com radiação em altas doses está mudando o curso da doença metastática. "É importante ressaltar que pacientes com consolidação subtotal tiveram mais lesões novas", disse ele. "Não significa apenas que as lesões não tratadas continuem a crescer. Esse fenômeno sugere que o tratamento de doenças metastáticas macroscópicas altera a história natural da doença; que as metástases macroscópicas existentes podem influenciar o desenvolvimento microscópico da doença em novas metástases visíveis”, analisou.

O estudo também avaliou o DNA do receptor de células T antes da radioterapia e 90 dias após o tratamento, identificando “mudanças significativas e mensuráveis” nas células T dos pacientes no braço SABR, mas nenhuma alteração nas células T em pacientes no braço de observação. "A magnitude da resposta do sistema imunológico foi semelhante a que você vê após uma vacinação", disse o especialista, sugerindo que a irrradiação pode estimular o sistema imunológico para combater o câncer de forma mais agressiva.

“Agora, temos dados melhores e mais robustos demonstrando que tratar a próstata e o primário num cenário de baixo volume de doença parece ser benéfico em cenários distintos. Esse estudo mostra ganhos em sobrevida livre de progressão e sobrevida livre de metástases”, observa Salvajoli.

O rádio-oncologista explica que o estudo STOMP já demonstrava vantagem em sobrevida livre de hormonioterapia, além de estudos com múltiplas histologias que mostravam ganho de sobrevida. “Ainda aguardamos dados de estudos de fase III e como combinar esses dados com o tratamento do primário no cenário do estudo STAMPEDE. Cada vez mais vemos dados seguindo o mesmo caminho, de como discutir de forma individual e como tratar esses pacientes enquanto não temos os dados finais de nível I”, conclui.

Referência: Primary Outcomes of a Phase II Randomized Trial of Observation Versus Stereotactic Ablative RadiatIon for OLigometastatic Prostate CancEr (ORIOLE) (LBA 3)

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