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AtualizadoTer, 16 Abr 2024 2am

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ESMO 2021

Carga glicolítica tumoral no CPCNP pode prever benefício da imunoterapia

saulo gilbertoA carga glicolítica do tumor avaliada por 18F-FDG PET / CT antes do tratamento se correlaciona com resposta e sobrevida em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) metastático tratados com inibidores de checkpoint imune (ICI). É o que mostra estudo do oncologista Saulo Brito Silva (na foto, à esquerda), selecionado no programa científico do ESMO Congress 2021. O oncologista Gilberto de Castro Junior é o orientador do trabalho.

A mudança metabólica em direção a um padrão glicolítico elevado é considerada uma das marcas registradas do câncer e tem sido implicada na evasão imunológica. Nesta análise, os pesquisadores avaliaram se a carga glicolítica do tumor avaliada por 18F-FDG PET /CT (PET) antes do tratamento com ICI impacta a resposta e a sobrevida em pacientes com CPCNP metastático. O estudo também avaliou se o uso de metformina está associado a modificações na carga glicolítica tumoral nesta população de pacientes.

Neste estudo exploratório, retrospectivo, realizado dentro da Pós-Graduação do Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa, em São Paulo, com a participação do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, foram incluídos pacientes com CPCNP que realizaram PET antes do tratamento com ICI. Informações clínicas e resultados de PET foram analisados por revisores independentes. Os parâmetros glicolíticos foram calculados como SUV (valor máximo de captação padronizado), wMTV (valor metabólico total tumoral) e wTLG (glicólise da lesão total). Melhores taxas de resposta foram categorizadas de acordo com os critérios RECIST 1.1. Os subgrupos foram definidos como tendo carga glicolítica tumoral alta ou baixa, de acordo com pontos de corte de SUV, wMTV e wTLG definidos a partir de curvas ROC. As curvas de sobrevida foram estimadas usando método de Kaplan-Meier e comparação por log-rank. 

Resultados

Noventa e oito pacientes foram incluídos na análise. Todos os parâmetros glicolíticos avaliados por PET mostraram correlação estatisticamente significativa entre a carga glicolítica do tumor (baixa vs alta) e resposta (respondedor vs não respondedor): p=0,001 para SUV, p=0,003 para wMTV e p <0,001 para wTLG (teste de Mann-Whitney). Nenhum paciente com baixo wTLG (< 146,9) teve progressão de doença. Além disso, um baixo índice glicolítico tumoral foi significativamente correlacionado com melhor sobrevida global (p=0,014 para SUV, p=0,001 para wMTV e p <0,001 para TLG, teste de log-rank).

Em relação aos pacientes que também recebiam metformina (N=15), a carga glicolítica do tumor foi significativamente inferior, além de uma melhor taxa de resposta e sobrevida global.

“No CPCNP, a carga glicolítica do tumor avaliada por 18F-FDG PET / CT antes do tratamento pode ser um biomarcador promissor para personalizar os benefícios de ICI. Além disso, a modulação do metabolismo do tumor com metformina pode contribuir para aumentar a eficácia do tratamento com ICI”, concluem os autores.

Assista sobre o mesmo assunto:



Referência: 993P - Glycolytic tumor burden on pretreatment 18F-FDG PET/CT correlates with response and survival in metastatic NSCLC undergoing immune checkpoint inhibitors - S.B. Silva, C.W.D.S. Wanderley, J.F.G. Marin, M.P. de Macedo, E.C.T. do Nascimento; F.F. Antonacio; F.D.Q. Cunha; G. de Castro, Jr.

 

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