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AtualizadoTer, 23 Abr 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

2021

Estudo mostra prática de oncologistas brasileiros na prescrição de bolus de 5-FU

renata dalpino 2020 bxA oncologista Renata D'Alpino (foto) é primeira autora de estudo aceito no programa do ESMO-GI 2021 que avaliou o uso de bolus de 5-fluorouracil em regimes de infusão entre oncologistas brasileiros no tratamento de tumores gastrointestinais.

A utilidade da administração de bolus de 5-fluorouracil (5-FU) em regimes de infusão já foi questionada. Neste estudo, do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), o objetivo foi quantificar o uso de bolus de 5-FU em regimes de infusão no tratamento de neoplasias gastrointestinais (GI) entre oncologistas brasileiros.

“Este foi um inquérito eletrônico transversal composto por 8 questões de múltipla escolha enviadas a médicos oncologistas brasileiros por meio das redes sociais (Whatsapp, Instagram e Facebook) durante 14 dias, em fevereiro de 2021. O instrumento de pesquisa coletou dados demográficos dos participantes e avaliou as práticas atuais de utilização de bolus de 5-FU”, descrevem os autores. Participantes com> 10 anos na prática oncológica foram considerados “Experientes” (caso contrário, jovens) e aqueles com> 50% de sua prática clínica dedicada ao tratamento de pacientes com malignidades gastrointestinais foram considerados “especialistas” (caso contrário, “generalistas”). O estudo avaliou a associação de variáveis ​​demográficas e padrões de prescrição de 5-FU com teste de Fisher (Odds Ratio [OR]).

Os resultados mostram que a pesquisa foi concluída por 332 oncologistas de todo o país. No geral, 37% dos respondentes eram oncologistas experientes e 32% especialistas em GI. No cenário metastático de primeira linha e no cenário adjuvante, 40% e 67% dos oncologistas sempre prescrevem bolus de 5-FU em regimes de infusão, respectivamente. Oncologistas experientes foram mais propensos a suspender o bolus de 5-FU quando comparados aos oncologistas jovens, tanto no cenário metastático (41% versus 26%, OR 1,98; p=0,005) quanto no cenário adjuvante (28% versus 14%, OR 2,32, p=0,003). Além disso, mais especialistas em GI removem bolus de 5-FU quando comparados aos generalistas, mas apenas no cenário metastático (44% versus 25%, OR 2,33; p=0,001) e não na configuração adjuvante (21% versus 19%, ou 1,17, p=0,66).

Especialistas em GI são mais propensos a acreditar que a eficácia do tratamento não é afetada pela retirada do bolus de 5-FU em relação aos generalistas (89% versus 75%, OR 2,65; p=0,003). O motivo mais frequente para omitir o bolus de 5-FU foi toxicidade (97%) e a maioria dos respondentes (67%) mantêm o ácido folínico (leucovorina) nas mesmas doses ao omitir 5- FU em bolus . Apenas 16% dos oncologistas sempre recomendam o teste DPYD antes de prescrever fluoropirimidinas, sem diferenças entre especialistas GI e generalistas ou mesmo entre médicos experientes e jovens.

“Nossa pesquisa indica que a experiência na prática oncológica e a porcentagem de tempo dedicado ao tratamento de tumores gastrointestinais influenciam a prescrição de bolus de 5-FU no Brasil, com retirada mais frequente entre especialistas GI experientes, particularmente no cenário metastático. O teste DPYD é muito baixo na prática de rotina antes do iniciar tratamento com fluoropirimidina”, observam os autores.

Referência: P-47 5-fluorouracil bolus use in infusional regimens among oncologists: A survey by Brazilian Group of Gastrointestinal Tumors
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