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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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ESMO 2020

Quimioterapia de resgate após imunoterapia em pacientes com tumores sólidos refratários

Vladimir foto bxO oncologista Vladimir Galvão (foto), pesquisador do Early Clinical Drug Development Group no Instituto de Oncologia do Hospital Vall d’Hebron, em Barcelona, é primeiro autor de estudo de coorte que avaliou a quimioterapia de resgate após imunoterapia em pacientes com tumores sólidos refratários. O trabalho foi selecionado para apresentação em pôster no ESMO 2020 (1068P).

Relatos de casos e estudos não controlados mostraram ótimas respostas à quimioterapia em pacientes com tumores sólidos e neoplasias hematológicas após o uso de imunoterapia, sugerindo uma quimiossensibilização dos inibidores de checkpoint.

Nesse estudo, os pesquisadores investigaram esse efeito em um banco de dados prospectivo de pacientes incluídos em ensaios de fase I com imunoterapia, inibidores de tirosina quinase (TKI) ou agentes epigenéticos (EPI).

Todos os pacientes com tumores sólidos participantes de ensaios de fase I no Instituto de Oncologia Vall d´Hebron foram acompanhados pós-progressão e avaliados quanto à resposta à quimioterapia com base na prática clínica padrão. Uma população combinada foi identificada a partir da aplicação de um escore de propensão (CT pós-IO vs. CT pós-TKI) ajustado para fatores clínico-patológicos que poderiam influenciar a resposta à quimioterapia e o prognóstico. Os desfechos foram taxa de resposta objetiva (ORR) por RECIST e sobrevida livre de progressão (PFS).

Resultados

De 986 pacientes inscritos entre 2010 e 2019, 132 receberam quimioterapia pós-progressão (pós-IO em 55 pacientes [42%], pós-TKI em 70 pacientes [53%] e pós-EPI em 7 pacientes [5%]). A mediana de idade foi de 61 anos, 66% dos participantes eram mulheres, e os tumores mais comuns foram mama (22%), cabeça e pescoço (12%), colorretal (10%) e melanoma (10%). A mediana das linhas anteriores nos grupos quimioterapia pós-IO ou quimioterapia pós-EPI foi 2, e nos pacientes do grupo quimioterapia pós-TKI foi 3 (P = 0,02).

Resposta parcial (PR) de 5% e doença estável de 38% foram alcançadas com o medicamento de ensaio de fase I. Na quimioterapia pós-progressão, a ORR foi de 16,4% pós-IO, 8,6% pós-TKI e 14,3% pós-EPI (P = 0,43). Um modelo de Cox não ajustado não mostrou diferenças na sobrevida livre de progressão à quimioterapia entre os grupos (2,4 meses pós-IO, 2,8 meses pós-TKI e 10,3 meses pós-EPI; P> 0,14 todas as comparações). Devido ao pequeno número, os pacientes pós-EPI foram excluídos da análise de escore de propensão.

A coorte pós-imunoterapia (n = 55) e pós-TKI (n = 55) combinada em que se aplicou o escore de propensão não mostrou diferenças na ORR com quimioterapia (odds ratio 1.96 em favor de pós-IO, 95% CI 0,6-6,3, P = 0,27) ou sobrevida livre de progressão com quimioterapia (hazard ratio de 0,85 em favor de pós-IO, 95% CI 0,6-1,3; P = 0,44). Em um modelo multivariável, os preditores de resposta parcial com quimioterapia pós-progressão em estudos de fase I foram câncer de mama (OR = 16,3; p = 0,002) e benefício clínico durante os estudos (OR = 5,18; p = 0,04).

“Apesar da taxa de resposta objetiva ter sido numericamente maior com quimioterapia pós-IO em comparação com pós-TKI, este estudo de coorte controlado não mostrou diferenças significativas de sobrevida livre de progressão com quimioterapia de resgate entre os grupos, questionando o efeito de quimiossensibilização de drogas imunoterápicas em tumores sólidos”, concluíram os autores.

Referência: 1068P Rescue chemotherapy (CT) after immune-oncology (IO) drugs in patients (pts) with refractory solid tumours: A propensity score (PS) matched cohort study - V. Galvão et al

 
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