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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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ASCO 2020

Medicina integrativa no tratamento do câncer

eliza dalsasso ricardoO uso de medicina integrativa e complementar é relativamente comum entre pacientes com câncer. Estudo brasileiro aceito no ASCO 2020 procurou definir o uso da prática por pacientes com câncer e investigar fatores que podem influenciar sua adoção. A oncologista Eliza Dalsasso Ricardo (foto) assina como primeira autora.

Neste estudo transversal foram considerados adultos com qualquer tipo de câncer que compareceram ao ambulatório de oncologia de uma instituição privada de assistência oncológica, em janeiro de 2020. Os testes qui-quadrado foram utilizados para investigar a associação entre uso de medicina integrativa e complementar, idade e sexo

Resultados

Foram entrevistados 156 pacientes que consentiram na entrevista presencial e todos responderam aos questionários. A maioria dos pacientes tinha entre 51 e 70 anos; 56% eram do sexo feminino, 55% com diagnóstico de câncer nos últimos 12 meses. Os tipos de câncer representados foram mama (17,4%), colorretal (16,7%) e pulmão (16,1%). Mais de 90% dos participantes estavam em tratamento ativo. A prevalência do uso atual de medicina complementar foi de 29,6%.

Do total avaliado, 58,7% dos pacientes não acreditavam que a medicina complementar possui propriedades anticâncer, incluindo 32,6% dos pacientes que relataram seu uso. Dois terços dos participantes nunca discutiram sobre a prática com seus oncologistas. Apenas 5,1% dos entrevistados abandonariam o tratamento convencional de câncer para usar apenas medicina complementar. Entre os usuários, 55% referiram o uso de múltiplas terapias, sendo a cirurgia espiritual  a mais prevalente. Houve uma proporção significativamente maior de mulheres relatando uso de medicina complementar (p = 0,029), bem como uma proporção maior de usuários entre pacientes mais jovens (p = 0,008).

“O uso de medicina integrativa e complementar foi comum na população estudada, principalmente cirurgia espiritual. Mulheres e pacientes mais jovens foram mais propensos a recorrer a medicina complementar. Embora a maioria dos pacientes não abandone o tratamento convencional, muitos deles nunca discutiram sobre a prática com seus oncologistas”, concluiu o estudo brasileiro.

Referências: Complementary and alternative medicine use among cancer patients at a private hospital in Brazil. - J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr e14144) - DOI: 10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.e14144

First Author: Eliza Dalsasso Ricardo
Meeting: 2020 ASCO Virtual Scientific Program
Session Title: Publication Only: Care Delivery and Regulatory Policy
Track: Care Delivery and Regulatory Policy
Subtrack: Practice Management
Abstract #: e14144 

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