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ESMO 2019

Sequenciamento de próxima geração nos carcinomas gastrointestinais não-colorretais metastáticos

luiza poster esmo2019Estudo brasileiro buscou avaliar o perfil genético de carcinomas gastrointestinais não-colorretais metastáticos, incluindo possíveis mutações na linha germinativa, terapias sugeridas, ensaios clínicos disponíveis e os resultados de terapias personalizadas com sequenciamento de próxima geração (NGS-TT) off-label. Os dados foram apresentados por Luiza Lara Gadotti (foto), do Hospital Sírio-libanês, na sessão de pôster da ESMO 2019. O oncologista Mauricio Ribeiro é o primeiro autor do trabalho.

O câncer não-colorretal metastático tem prognóstico adverso e nenhuma terapia-alvo ou imunoterapia são aprovados até o momento. Embora promissoras, as terapias personalizadas com NGS (NGS-TT) podem ter resultados decepcionantes em indicações não aprovadas fora dos ensaios clínicos. Nesta análise, foi realizada uma avaliação retrospectiva das características clínicas e moleculares prescritas pelo NGS-TT e respostas em uma coorte de pacientes com carcinoma gastrointestinal não-colorretal metastático avaliados através da plataforma NGS de 315 genes entre 2013 e 2019. Os pesquisadores buscaram possíveis mutações na linha germinativa nos genes mismatch-repair e BRCA1/2, bem como a mutação fundadora do TP53R337H.

Resultados

Entre os 78 pacientes, a mediana da idade foi de 58,5 anos (20-79); 51 pacientes (65%) eram homens e 27 (35%) mulheres. Os locais de doença mais comuns foram pâncreas (41%), estômago (15,4%) e vias biliares (15,4%); 83% eram ECOG 0/1, com até 2 linhas de tratamento (60,25%).

 O número médio de genes alterados foi de 4,41 (1-19) e a carga mutacional do tumor (TMB) foi avaliada em 24 pacientes, com 79% de TMB-baixo (média 5,22 muts/Mb). Dez pacientes (12,85%) foram submetidos a NGS-TT off-label após discussão em tumor boards multidisciplinares; dos 9 disponíveis para avaliação da resposta, 7 tiveram a progressão como melhor resposta. Foram sugeridos ensaios clínicos para 73 pacientes (93,6%), mas apenas um paciente foi encaminhado, uma vez que todos os ensaios foram realizados no exterior.

Os autores também identificaram três casos nos quais o sequenciamento da linha germinativa teria valor (um paciente com a mutação TP53 R337H; dois pacientes jovens com câncer gástrico: um com mutações simultâneas em MSH6/BRCA2 e outro com alteração no exon10 do truncamento do MLH1).

“Em nossa coorte, a adoção do NGS para adequar o tratamento sistêmico não mostrou um impacto importante para os pacientes com carcinomas gastrointestinais não-colorretais metastáticos. É altamente necessário aumentar a participação dos centros dos países em desenvolvimento nos ensaios clínicos. Mutações potencialmente na linha germinativa estavam presentes nesta série e merecem uma investigação mais aprofundada”, concluíram os autores.

Referência: 1883P Is there a role for next-generation sequencing (NGS) profiling on metastatic non-colorectal gastrointestinal carcinomas (MNCGIC) in developing countries? A single center experience – M.F.S.A. Ribeiro et al

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