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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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ASCO GI 2019

Trecc: retratamento da terapia anti-EGFR no câncer colorretal metastático

Amanda ACCamargo NET OKEstudo brasileiro selecionado para a sessão de pôster do ASCO GI 2019 buscou avaliar a eficácia do retratamento anti-EGFR (TRECC) no câncer colorretal metastático. Os resultados sugerem que a estratégia pode ser considerada em pacientes selecionados. Os dados foram apresentados no sábado, 19 de janeiro, por Amanda Karani (foto), residente do A.C.Camargo Cancer Center.

A terapia anti-EGFR associada à quimioterapia promove altas taxas de resposta (RR) e a mediana de sobrevida global (SG) que ultrapassa 30 meses no câncer colorretal metastático RASwt/BRAFwt.

O trabalho analisou retrospectivamente uma coorte de pacientes com câncer colorretal metastático que receberam terapia anti-EGFR associado à quimioterapia e descontinuaram o tratamento por diferentes razões; posteriormente retratados com o anticorpo após intervalo livre de uso da droga.

Sessenta e oito pacientes preencheram os critérios de elegibilidade do estudo. O acompanhamento médio após a reexposição foi de 39,3 meses. A razão da descontinuação após a primeira exposição foi devido à progressão da doença em 25% dos casos e 75% por outras razões, tais como toxicidade, metastasectomia e férias de tratamento. A mediana do intervalo livre de anti-EGFR foi de 10,5 meses. Na reexposição, o principal regime de quimioterapia foi FOLFIRI (58,8%) associado a cetuximabe e panitumumabe em 86,8% e 13,2% dos casos, respectivamente. A mediana de sobrevida livre de progressão (mPFS) após o retratamento foi de 6,6 meses e a mediana de sobrevida global (mOS) de 24,4 meses.

A taxa de resposta objetiva no TREEC foi de 42,6%. Em análise univariada, os principais fatores prognósticos adversos relacionados à pior sobrevida livre de progressão foram: ausência de resposta objetiva na 1ª exposição ao anti- EGFR (HR 2,12, CI: 1,20-3,74 p = 0,009), PD como razão para a 1ª descontinuação (HR 3,44, CI: 1,88-6,29 p <0,0001), reexposição na quarta linha ou linhas posteriores (HR 2,51, CI: 1,49-4,23 p = 0,001) e uso de panitumumabe (HR 2,26 CI: 1,18-5,54 p = 0,017).

Em modelo multivariado, apenas a progressão da doença como motivo para a 1ª descontinuação permaneceu estatisticamente significativo (HR = 2,63, CI: 1,14-6,03 p = 0,022). A mediana de sobrevida livre de progressão (mPFS) foi de 3,3 meses e 8,4 meses e mediana de sobrevida global (mOS) foi de 7,5 meses e 33,4 meses em pacientes com progressão da doença como motivo para a primeira descontinuação e outras razões, respectivamente.

Segundo os autores “A reexposição a terapia anti-EGFR é uma prática relativamente comum. Demonstramos, em análise retrospectiva, que pacientes que interrompem o uso do anti-EGFR antes da progressão de doença apresentam beneficio na reintrodução da terapia. Entretanto, reexpor paciente que apresentou progressão de doença durante terapia prévia com o anticorpo ,resultou em menor intervalo de livre de progressão de doença e baixa taxa de resposta objetiva. Nossos dados podem ter implicação clínica uma vez que a reintrodução do anti-EGFR após um intervalo livre da droga pode melhorar a qualidade de vida sem prejudicar os desfechos para um grupo selecionado de pacientes.”

Referência: Trecc: Re-challenge therapy with anti-EGFR in metastatic colorectal adenocarcinoma (mCRC) - J Clin Oncol 37, 2019 (suppl 4; abstr 683) - Amanda Karani, Tiago Felismino, Lara Azevedo Diniz, Mariana Petaccia Macedo, Larissa Machado, Diogo De Brito Sales, Celso Lopes Mello; A.C. Camargo Cancer Center, São Paulo, Brazil

 

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