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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

AACR 2019

Combinação de viroterapia e radioterapia em pacientes vulneráveis com câncer de esôfago

fujiwara toshiyoshi bxO adenovírus oncolítico experimental telomelisina (OBP-301) em combinação com radioterapia foi seguro e mostrou eficácia clínica precoce em pacientes vulneráveis com câncer de esôfago, de acordo com os resultados de um estudo clínico de fase I apresentado na AACR 2019. Os dados foram apresentados por Toshiyoshi Fujiwara (foto), professor e presidente o departamento de Cirurgia Gastroenterológica da Escola de Medicina da Universidade de Okayama.

"A maioria das estratégias terapêuticas padrão para o câncer de esôfago, como cirurgia e quimiorradioterapia, são relativamente invasivas e não podem ser usadas em certos pacientes, incluindo idosos e pessoas com complicações de saúde", disse Fujiwara. "Nosso tratamento combinatório de viroterapia-radioterapia é menos invasivo e aplicável para pacientes vulneráveis, e tem proporcionado resultados extremamente encorajadores", afirmou.

Muitas células cancerígenas expressam em excesso a enzima telomerase, o que permite a sua replicação e proliferação, explicou Fujiwara. O OBP-301 é um vírus geneticamente modificado que se replica seletivamente em células positivas para telomerase. A infecção viral é, portanto, enriquecida em células cancerígenas, causando lise celular. Um ensaio prévio de fase I avaliando a OBP-301 como monoterapia demonstrou que a estratégia é segura e biologicamente ativa em pacientes com tumores sólidos avançados.

Como o OBP-301 também pode interromper vias que controlam o reparo do DNA, Fujiwara e seus colegas acreditam que as células tumorais tratadas com a viroterapia podem se tornar sensíveis à radiação ionizante, permitindo a sinergia dessas duas terapias.

O estudo

Neste ensaio aberto, de fase I de escalonamento de dose, os investigadores inscreveram 13 pacientes com câncer esofágico histologicamente confirmado, considerados inaptos para receber cirurgia convencional ou quimioterapia. Todos os pacientes eram idosos e/ou aqueles que tiveram complicações, como doença pulmonar, doenças cardiovasculares ou disfunção hepática. A mediana da idade dos pacientes foi de 80 anos.

Os pacientes receberam três injeções intratumorais de OBP-301 (dias 1, 18 e 32, cada injeção variando entre 10 bilhões e 1 trilhão de partículas virais) através de um endoscópio flexível. A radioterapia foi administrada concomitantemente durante 6 semanas, começando no dia 4, para um total de 60 Gy. Os endpoints primários e secundários foram toxicidades dose-limitante e taxa de resposta objetiva (ORR), respectivamente.

Dos 13 pacientes, 7, 3 e 3 pacientes foram tratados nas coortes com 10e10, 10e11 e 10e12 partículas virais (vp) de OBP-301, respectivamente. Em todos os 13 pacientes, a taxa de resposta objetiva foi de 84,6%, que incluiu oito respostas completas (CR) e três respostas parciais (PR). A taxa clínica de resposta completa, definida como desaparecimento completo e endoscópico do tumor no esôfago, foi de 80% e 66,7% para pacientes com doença em estágio I e estágios II/III, respectivamente. Nenhum paciente apresentou células malignas viáveis em amostras de biópsia pós-tratamento.

“O exame histopatológico de biópsias pós-tratamento de pacientes com respostas parciais revelou infiltração de células T CD8+, sugerindo que essa terapia combinatória pode ter sinergia com inibidores de checkpoint”, observou Fujiwara.

Toxicidades comuns incluíram febre, esofagite, pneumonite, anorexia, constipação e refluxo gastroesofágico. Todos os pacientes desenvolveram linfopenia transitória e autolimitada, e não houve toxicidades dose-limitantes.

"Não só a terapia combinatória foi segura, mas induziu a completa erradicação dos tumores esofágicos na maioria dos pacientes", disse Fujiwara. "Estes resultados preliminares indicam que pode haver opções de tratamento não invasivo disponíveis para pacientes com câncer de esôfago que são incapazes de receber terapias padrão para sua doença", acrescentou.

As limitações do estudo incluem o pequeno tamanho da amostra, o que é consistente com um estudo de fase I de escalonamento de dose.

O trabalho foi patrocinado pelo Ministério da Educação, Ciência e Cultura do Japão e pela Agência Japonesa de Pesquisa e Desenvolvimento Médico.

Referência: Phase I dose-escalation study of endoscopic intratumoral injection of OBP-301 (telomelysin) with radiotherapy in esophageal cancer patients unfit for standard treatments - Toshiyoshi Fujiwara

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