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AtualizadoQua, 27 Mar 2024 5pm

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AACR 2019

Marcadores de resistência no câncer de ovário

adriana regina goncalves ribeiro bxAdriana Regina G. Ribeiro, oncologista do AC Camargo Cancer Center,  é primeira autora de estudo que examinou a superexpressão da ciclina E1 e o intervalo livre de platina como marcadores de resistência à quimioterapia no câncer de ovário. O estudo foi aceito na sessão de poster do AACR 2019, em apresentação de Alexandre Balieiro, e pode ajudar a identificar pacientes com potencial de obter maior benefício de bevacizumabe, auxiliando a discernir entre as opções de tratamento de manutenção na era dos inibidores de PARP e antiangiogênicos.

Neste estudo, o objetivo foi avaliar se o benefício de bevacizumabe no câncer de ovário recorrente sensível à platina varia de acordo com o intervalo livre de platina (ILP) e a expressão de ciclina E1. Foram avaliados retrospectivamente dados de pacientes com câncer de ovário recorrente sensível à platina tratados com quimioterapia mais bevacizumabe (grupo Bev) e somente com quimioterapia (grupo QT) em um centro terciário de câncer no Brasil, de 2005 a 2017.

A expressão da ciclina E1 foi avaliada por imunohistoquímica em microarray de tecidos. A sobrevida livre de progressão (SLP) foi comparada entre os grupos com teste de log rank e regressão de cox.

Resultados

Foram incluídos 124 pacientes, 62 em cada grupo. Todos foram tratados com doublets de platina com paclitaxel, gemcitabina ou doxorrubicina lipossomal, exceto para um paciente tratado com cisplatina associada a bevacizumabe e um paciente tratado com doxorrubicina lipossomal.

A mediana de SLP foi de 19,5 meses para o grupo Bev versus 16,0 meses no grupo QT (p = 0,150). Pacientes com ILP> 12 meses apresentaram mediana de SLP de 20,0 meses versus 15,5 para pacientes com um ILP <12 meses (p = 0,029). Pacientes com superexpressão de ciclina E1 mostraram SLP mediana de 15,8 meses versus 19,7 meses para aqueles sem superexpressão de ciclina E1 (p = 0,05). O benefício de bevacizumabe foi observado apenas no subgrupo de pacientes com ILP <12 meses (mSLP 18,6 versus 10,4 meses, p = 0,002) e no subgrupo com superexpressão da ciclina E1 (mSLP 16,3 versus 7,0 meses, p = 0,010).

Em conclusão, marcadores de resistência à quimioterapia, como superexpressão da ciclina E1 e intervalo livre de platina ajudam a identificar pacientes que obtêm maior benefício com uso de bevacizumabe.

A apresentação no AACR 2019 é na sessão de pôsters (sessão 21) do dia 2 de abril, das 8:00 AM às 12:00 PM.

Referências: Session PO.CL11.09 - Tumor Markers to Assess the Biology and Clinical Course of Cancer - 3157 / 10 - Cyclin E1 overexpression identifies patients with greater benefit from bevacizumab in platinum sensitive recurrent ovarian cancer

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