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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Tratamento do Mieloma Múltiplo Recidivado ou Refratário, novas opções no Brasil

MAIOLINO NET OKÂngelo Maiolino, Professor de Hematologia do Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador de Hematologia do Americas Centro de Oncologia Integrado, enfoca os progressos no tratamento do mieloma múltiplo.

 

Os resultados obtidos no tratamento do mieloma múltiplo (MM) tiveram uma melhora significativa nos últimos anos. A sobrevida global mediana aumentou de três anos nos anos 60 para sete anos atualmente. A principal razão para esse avanço é a incorporação dos chamados novos medicamentos no tratamento do MM, que ampliaram significativamente o arsenal terapêutico disponível.

Três principais classes de drogas são empregadas no MM: imunomoduladores (talidomida, lenalidomida, pomalidomida), inibidores do proteassoma (bortezomibe, carfilzomibe, ixazomibe) e os anticorpos monoclonais (daratumumabe e elotuzumabe). Este novo arsenal terapêutico tem uma importância significativa no cenário de pacientes recidivados ou refratários. Felizmente, com exceção apenas da pomalidomida, todos os outros já foram aprovados no Brasil. De acordo com o International Myeloma Working Group (IMWG), pacientes em recidiva de MM devem receber uma nova linha de tratamento se for identificada recaída clínica ou se houver recaída bioquímica significativa, mesmo sem manifestações clínicas.

Existem três grupos de fatores que devem ser considerados na seleção da nova linha de tratamento: fatores relacionados à doença, tratamento prévio e fatores relacionados ao paciente. Por exemplo: agressividade da recaída atual, tipo de terapias prévias e respostas prévias, idade do paciente, grau de fragilidade e performance status no momento da recaída.

Desde 2015, dados robustos sobre regimes duplos versus triplos foram publicados. Os braços de controle destes ensaios consistiram na combinação de lenalidomida e dexametasona ou bortezomibe e dexametasona e foram comparados com a combinação de carfilzomibe, lenalidomida e dexametasona (ASPIRE TRIAL); ixazomibe, lenalidomida e dexametasona (TOURMALINE TRIAL); elutuzumabe, lenalidomida e dexametosona (ELOQUENT TRIAL); daratumumabe, bortezomibe, dexametasona (CASTOR TRIAL); e daratumumabe, lenalidomida, dexametasona (POLLUX TRIAL). Em todos os ensaios, os resultados confirmaram que os regimes triplos são superiores em termos de taxa de resposta global e sobrevida livre de progressão. Um seguimento mais prolongado desses estudos foi realizado e o benefício em termos de sobrevida livre de progressão foi mantido. Por exemplo, o seguimento prolongado do ensaio POLLUX mostrou uma taxa de resposta global de 93% vs. 76%, e taxas de remissão completa de 55% vs. 23%, favorecendo os pacientes tratados com daratumumabe, lenalidomida e dexametasona. Em termos de sobrevida livre de progressão, o braço do estudo incluindo daratumumabe não alcançou a mediana de sobrevida livre de progressão versus um SLP de 17,5 meses no braço controle após um acompanhamento mediano de 33 meses (HR 0,44, p <0,001).

Concluindo, o tratamento de pacientes recidivados deve ser iniciado o mais breve possível e com base em regimes triplos utilizados de forma mais prolongada e contínua.

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