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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

ESMO 2018

Carcinoma espinocelular anal localizado e infecção por HIV

Marcos Camandaroba POSTER ESMO NET OKA quimiorradiação definitiva (CRT) é o tratamento padrão para o carcinoma espinocelular anal localizado (SCCA). Como a maioria dos estudos de fase III no SCCA excluem pacientes com HIV, não existe evidência sobre os resultados do tratamento nesses pacientes. Para tentar preencher essa lacuna, pesquisadores brasileiros realizaram uma revisão sistemática e meta-análise sobre os perfis de eficácia e toxicidade de pacientes com SCCA HIV-positivos tratados com CRT definitiva. O trabalho foi apresentado como pôster na ESMO 2018 pelo oncologista Marcos Camandaroba (foto), primeiro autor do estudo. O trabalho foi orientado pela oncologista Rachel Riechelmann.

Métodos

Os pesquisadores realizaram uma busca sistemática nos repositórios científicos Embase, Medline, Cochrane Library, Scopus, Lilacs e Opengrey, desde o início até setembro de 2017. Foram elegíveis ensaios clínicos e estudos de coorte prospectivos ou retrospectivos. As principais variáveis ​​de desfecho foram taxas de 3 anos livres de doença (DFS), sobrevida geral (SG) e frequência de toxicidade graus 3/4 relacionadas ao tratamento, de acordo com o status de HIV. Meta-análises usando taxas de risco agrupadas foram realizadas para os resultados binários de estudos comparativos da era da terapia antirretroviral com modelos de efeitos fixos e aleatórios.

Resultados

Entre 3.951 estudos identificados, 40 foram considerados elegíveis, totalizando 3.720 pacientes. Um terço dos pacientes (N = 1.298; 34%) era HIV-positivo e sua mediana de contagem de CD4 pré-CRT foi 347 um/L. Os pacientes HIV-positivos apresentaram tendências para maior risco de toxicidade cutânea G3/4 (Relação de risco [RR]: 1,56,95% [IC] 0,98-2,48; p = 0,061; I2 = 77%), leucopenia G3/4 (RR: 1,28 , 95% [IC] 0,96-1,70; p= 0,088; I2= 0%), taxa DFS em 3 anos inferior (RR: 1,52, 95% [IC] 0,99-2,33, p = 0,057; I2 = 52,19%) e taxa de sobrevida global em 3 anos significativamente pior (RR: 1,64, 95% [IC] 1,27-2,11, p <0,001; I2 = 0%).

“Em conclusão, o trabalho mostrou que pacientes soropositivos com carcinoma espinocelular anal localizado tratados com quimiorradiação definitiva apresentam maior risco de toxicidade e pior sobrevida livre de doença e sobrevida global. Nossos achados sugerem que estudos futuros devem ser desenhados para pacientes soropositivos”, afirma Marcos.

Referência: 507P Treatment outcomes of patients with localized anal squamous cell carcinoma and HIV infection: Systematic review and meta-analysis M. Camandaroba1, R. Riechelmann1, V. Silva1 , C. Mello1 , R. Araujo2 1 Oncology, A. C. Camargo Cancer Center, Sao Paulo, Brazil, 2 Upper GI and HPB Surgery, Barretos Cancer Hospital, São Paulo, Brazil

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