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AtualizadoQui, 25 Abr 2024 4pm

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ESMO 2018

Imunoterapia melhora sobrevida no câncer de mama triplo negativo

Peter Schmid NET OKA imunoterapia melhora a sobrevida em alguns pacientes com câncer de mama metastático triplo negativo, de acordo com os resultados do estudo IMpassion130 apresentado sábado, 20, no Simpósio Presidencial da ESMO 2018. “São resultados que vão mudar nossa forma de tratar a doença triplo-negativa”, disse Peter Schmid (foto), primeiro autor do estudo e diretor clínico do Centro de Câncer de Mama de St. Bartholomew, líder do Centro de Medicina Experimental da Universidade Queen Mary, em Londres. Os dados foram publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine.

IMpassion 130 é um estudo clínico de fase III que incluiu 902 pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático sem tratamento prévio para a doença metastática. Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber quimioterapia padrão (nabpaclitaxel) mais atezolizumabe ou quimioterapia padrão mais placebo. Os endpoints primários foram sobrevida livre de progressão (SLP)  e sobrevida global (SG) em todos os pacientes e em pacientes com expressão de PD-L1.

Após mediana de acompanhamento de 12,9 meses, a terapia combinada reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 20% em todos os pacientes (por intenção de tratar - ITT) e em 38% no subgrupo com expressão de PD-L1. Na população ITT, a mediana de sobrevida livre de progressão foi de 7,2 meses com a combinação e de 5,5 meses com quimioterapia isolada, com taxa de risco (HR) de 0,80 (p = 0,0025). No grupo PD-L1 positivo, a mediana de SLP foi de 7,5 meses com a combinação e de 5,0 meses com quimioterapia isoladamente (HR 0,62, p <0,0001).

Mais da metade dos pacientes estavam vivos no momento da análise de sobrevida global. Em pacientes com tumores com expressão positiva de PD-L1, a mediana de SG foi de 25,0 meses com a associação versus 15,5 meses com a quimioterapia padrão isoladamente (HR 0,62). Em todos os pacientes por intenção de tratar (ITT), a SG foi de 21,3 meses com a combinação contra 17,6 meses com quimioterapia.

A proporção de pacientes que responderam ao tratamento (taxa de resposta objetiva) foi maior com a combinação comparada com a quimioterapia (56% versus 46%), com benefício ainda maior para pacientes com tumores PD-L1 positivos (59% versus 43%).

A combinação foi bem tolerada. A maioria dos efeitos colaterais foi consequência da quimioterapia e ocorreu em uma taxa semelhante em ambos os grupos de tratamento, com discreto aumento na presença de náusea e tosse no grupo da combinação. Eventos imuno-relacionados foram raros, sendo o mais comum o hipotireoidismo, que ocorreu em 17,3% dos pacientes que receberam a combinação versus 4,3% do grupo de quimioterapia isolada.

“Atezolizumab em combinação com nab-paclitaxel é o primeiro tratamento que mostrou impacto na sobrevida de pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático”, disse Schmid. "A terapia imune prolongou a sobrevida em dez meses em pacientes com tumores com expressão positiva de PD-L1. Essa combinação deve se tornar uma nova opção de tratamento para pacientes com câncer de mama triplo-negativo metastático”, acrescentou Marleen Kok, oncologista do Instituto de Câncer da Holanda, que comentou o trabalho em Munique.

Clinical trial identification: NCT02425891

Referência: Abstract LBA1_PR ‘IMpassion130: Results from a global, randomised, double-blind, phase 3 study of atezolizumab (atezo) + nab-paclitaxel (nabP) vs placebo + nab-P in treatment-naive, locally advanced or metastatic triple-negative breast cancer (mTNBC)‘ will be presented by Peter Schmid during Presidential Symposium 1 on Saturday, 20 October, 16:30 to 18:20 (CET) in Hall A2 – Room 18. Annals of Oncology, Volume 29 Supplement 8 October 2018

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