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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GU 2017

Vigilância ativa no câncer renal

RIM_NET_OK_HORIZONTAL.jpgEstudo apresentado no 2017 Genitourinary Cancers Symposium reforça evidências do papel da vigilância ativa na abordagem de pequenas massas renais, definidas como tumores sólidos de até 4 cm cada vez mais frequentes em achados incidentais.

Com o objetivo decomparar a vigilância ativa com a intervenção primária no manejo de pequenas massas renais, os pesquisadores inscreveram prospectivamente 615 pacientes com estágio clínico T1a (massas sólidas ≤4,0 cm) a partir do registro DISSRM (Delayed Intervention and Surveillance for Small Renal Masses). Após o aconselhamento, 51,5% dos pacientes optaram pela vigilância ativa e 48,5% foram submetidos à intervenção primária com cirurgia, ablação ou outra modalidade de tratamento.
 
Os pacientes que receberam a vigilância ativa foram submetidos a exames de imagem axiais com ultrassom alternado e imagem axial a cada 6 a 12 meses. Os pesquisadores recomendaram intervenção somente diante da evidência de progressão, definida a partir de uma taxa de crescimento (> 0,5 cm / ano), diâmetro tumoral maior que 4,0 cm e presença de doença metastática.
 
Os endpoints primários foram sobrevida câncer específica e sobrevida global; os endpoints secundários incluíram a sobrevida livre de progressão. Os resultados foram avaliados utilizando a análise de Kaplan-Meier e o teste log-rank.
 
No início do estudo (baseline) os pacientes que optaram pela vigilância ativa eram significativamente mais velhos (70,8 vs 61,8 anos, P <0,001), apresentavam pior desempenho ECOG (P = 0,02) e tumores significativamente menores em relação ao diâmetro (P < .001) e volume (P <.001) do que aqueles que escolheram a intervenção primária.
 
Resultados
 
Dos 615 pacientes inscritos, 298 (48,5%) escolheram a intervenção primária e 317 (51,5%) escolheram a vigilância ativa. Do grupo de vigilância ativa, 45 (14,2%) pacientes foram submetidos à intervenção tardia.
 
O tempo médio de seguimento para toda a população avaliada foi de 2,9 anos, com 203 (33,0%) pacientes seguidos por 5 anos ou mais.
 
Não houve diferença na sobrevida câncer específica aos 7 anos entre a intervenção primária e a vigilância ativa (99,0% vs. 100%, respectivamente, p = 0,3). No entanto, a sobrevida global foi significativamente pior no braço de vigilância ativa comparada ao braço de intervenção primária (62,8% vs 85,1%; P = 0,001). A idade e o desempenho ECOG foram preditores de mortalidade.
 
A taxa de sobrevida livre de progressão aos 5 anos e 7 anos na coorte de vigilância ativa foi de 76,7% e 48,4%, respectivamente.
 
Em conclusão, a médio prazo a vigilância ativa parece ser tão segura quanto a intervenção primária em pacientes cuidadosamente selecionados com pequenas massas renais.  A vigilância ativa é uma alternativa à intervenção primária destinada a reduzir o overtreatment.
 
“Realmente precisamos tratar todos os pacientes com pequenas massas renais?”, questionou Ridwan Alam, da  Johns Hopkins University School of Medicine, que apresentou o estudo na  ACO GU 2017. Ele observou que de 20% a 40% das pequenas massas renais têm resultado benigno na patologia e que menos de 20% têm potencial de disseminação metastática. (ClinicalTrials: NCT02346435).
 
Referência: Abstract 430: Intermediate-term outcomes from the DISSRM registry: A prospective analysis of active surveillance in patients with small renal masses - Alam, Ridwan et al. - J Clin Oncol 35, 2017 (suppl 6S; abstract 430)

 

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